Festival de Verão da UFMG programa oficinas, palestras e shows em vários espaços da cidade

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
10/02/2017 às 17:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:50

Até que ponto a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é visível ou invisível dentro da própria sociedade? Foi com essa “provocação”, feita pelo coordenador Juarez Guimarães, que o Festival de Verão realizado há 11 anos pela universidade chegou ao tema da edição que começará no próximo dia 20: “Universos (In) Visíveis”.

“As pessoas sabem que existe um campus, mas nunca entraram ou não sabem onde ficam. Isso derivou na escolha do tema, sobre quais são esses universos invisíveis na sociedade, e chegamos a grupos e pessoas como a população de rua, a comunidade LGBT, a população negra, as mulheres... Nosso intuito é ajudar a dar visibilidade a eles”, assinala Juarez.

No dia 22, às 15h, ocorre o Campeonato Interdrag de Gaymada no Parque Municipal, com realização do coletivo Toda Deseo

O coordenador inclui o conhecimento nessa lista de universos invisíveis, lembrando que a produção científica da universidade muitas vezes está restrita ao próprio ambiente. “É preciso levar esse conhecimento para fora, mostrar para a sociedade a importância do que é produzido aqui”, destaca Juarez, que assume a coordenação pela primeira vez.

Como a UFMG está ainda no período de férias, toda a programação do Festival de Verão é levada para outros espaços, como o Espaço do Conhecimento, o Conservatório de Música, o Parque Municipal, a Serra do Cipó e o Centro Cultural UFMG. Na serra, acontecerá uma das nove oficinas oferecidas: “Biodiversidade Evanescente em Minas: epicentro de um terremoto ambiental”.

Ministrada pelo professor Bernardo Machado Gontijo, a oficina contará com dois dias de visitação, quando será abordada a questão do desaparecimento da biodiversidade na perspectiva geográfica.

Ao custo de R$ 20, há oficinas para vários gostos e idades e podem ser feitas no site da Fundep, http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae.aspx?CAE=7757.
Outro espaço alternativo é a Ocupação Rosa Leão, no bairro Zilah Spósito. Lá será realizada a oficina “Cruzinhar: Descobrindo uma forma viva de cozinhar – Oficina de alimentação viva”, da professora Laurita CasaGrande. “É uma forma também de trazer a questão das ocupações urbanas para o debate”, sublinha Juarez.

A parte cultural do Festival de Verão também será intensa. Já na abertura, a partir das 19h, no Conservatório UFMG, a mestre de cerimônias Marta Goldistimiti, interpretada por Cleo Magalhães, fará uma performance teatral. Em seguida, acontecerá o show da cantora Mariana Arruda, que exibirá um repertório com músicas de Chico Buarque.

O mesmo Conservatório receberá a festa de encerramento, no dia 23, com uma folia pré-carnavalesca comandada pelo bloco afro Angola. Por sinal, é o terceiro ano em que o festival acontece antes do início da folia momesca. “Historicamente, ele era realizado durante o Carnaval, para cobrir uma lacuna para quem ficava na cidade. Depois, com o crescimento do Carnaval aqui, já não fazia mais sentido”, registra Juarez.

Todas as informações sobre o Festival de Verão, como datas e atrações, estão disponíveis no site: https://www.ufmg.br/festivaldeverao/

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