Festival Estudantil de Teatro começa neste sábado e traz 15 montagens a BH

Vanessa Perroni
vperroni@hojeemdia.com.br
21/10/2016 às 15:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:19
 (Samuel Macedo / Divulgação )

(Samuel Macedo / Divulgação )

A ideia de que a arte várias vezes se coloca como um espelho da realidade permeou toda a curadoria da 16ª edição do Festival Estudantil de Teatro (Feto), que começa hoje em Belo Horizonte. Muito por causa disso, o evento traz espetáculos que discutem temas que reverberam na sociedade, como o machismo, o preconceito racial e a política. 

As montagens são realizações de companhias profissionais e amadoras, formadas por mais de 200 jovens universitários e estudantes do ensino fundamental e médio de várias partes do país, incluindo um grupo do Chile e outro da Argentina. “Queremos fugir da banalização das relações e ampliar o diálogo com a sociedade. Não falamos apenas para os nossos pares”, afirma a coordenadora geral do festival, Bárbara Bof.

Coragem e resistência são palavras que definem essa edição. “O festival dá ainda mais voz para esses jovens, acreditando na possibilidade de transformação em um país onde as minorias estão mais mobilizadas”, acredita a coordenadora, que enfrentou dificuldades na área financeira para fazer o evento acontecer. “Estamos trabalhando com o apoio das companhias, que ratearam os custos para estar aqui com a organização”.

Programação
Quem abre o festival é a Cia Carroça de Mamulengos, de Juazeiro do Norte (CE), com a peça “Janeiros”, às 16h, no PlugMinas, no bairro Horto.

Outros destaques são “Negra Sou”, encenado pelo grupo Cabe Na Sacola, de João Pessoa (PB); “El Retablo De Las Maravillas”, montagem chilena que questiona o governo e o poder; “Noites Árabes”, da companhia Vila 8, de Campinas (SP), sobre questões culturais; e “19h45!”, da Miúda Cia, Belo Horizonte. “É uma grade diversificada, para voltarmos o olhar para esses jovens que têm surpreendido nos palcos pela qualidade do trabalho”, frisa Bárbara.

O festival ainda prevê oficinas e festas. Sem falar no tradicional café-encontro Cafeto, que terá o tema “Teatro e resistência” e será mediado pelo professor de filosofia Peter Pál Pelbart, autor de diversos textos sobre loucura, tempo e subjetividade.

Serviço: O FETO segue até o dia 28/10. Os ingressos curtam R$ 6 e R$ 3 (meia). Programação completa no site noato.org.br/feto2016

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