Filme “Evereste” mostra tragédia envolvendo alpinistas

PAULO HENRIQUE SILVA
08/02/2016 às 09:17.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:20
 (Fotos Universal/Divulgação)

(Fotos Universal/Divulgação)

“Evereste” está menos para um filme de ação e mais para um resgate daquele gênero, muito comum na década de 1970, envolvendo toda sorte de catástrofes – de terremotos e incêndios a acidentes aéreos.
 
Lançado em DVD pela Universal, o filme dirigido pelo islandês Baltasar Kormákur reproduz os mesmos três atos que o caracterizam, só que agora tendo como cenário a maior montanha do planeta.
 
São eles: apresentação dos personagens, com as suas questões pessoais e objetivos, boa parte deles valendo-se da jornada como fuga ou superação; a consumação da tragédia; e a luta pela sobrevivência.
 
Diferentemente das produções de ação, não há provas de heroísmo, de força quase sobre-humana. A vitória está em continuar com vida. E talvez esteja aí o problema mais grave de “Evereste”.
 
Sem momentos mais fortes do que aqueles que estão no livro, inspirado num fato real ocorrido em 1996, os conflitos teriam que passar pelo interior dos personagens, mas a narrativa concentra num deles.
 
A história é calcada no alpinista americano Rob Hall (Jason Clarke, de “O Exterminador do Futuro: Gênesis”), dono de uma empresa que promove expedições abertas àqueles que têm o sonho de chegar ao topo do mundo.
 
Fila nas alturas
Há uma crítica, mal desenvolvida por sinal, sobre a exploração desmedida desse negócio, levando a um “congestionamento” de escaladores na montanha, muitos deles sem qualquer preparo.
 
Ao desfilar pelas ambições e fraquezas de cada um, o filme não consegue fazer dessas histórias pessoais um ponto de identificação com o espectador, todas elas tratadas superficialmente.
 
Já em torno de Rob há uma preocupação de forrar com elementos melodramáticos a sua história, apoiando-se na mulher grávida (Keira Knightley) à espera de notícias, bem longe do Himalaia.
 
Rob é pintado como um exemplo, sempre preocupado com todos, ao contrário do colega displicente vivido por Jake Gyllenhaal. O filme reforça a relação entre uma vida que nasce e outra que morre.
 
Mas não há qualquer caráter filosófico-existencial nisso. É mais um erro de rota na trama, que, talvez, poderia ter sido resolvido com a presença de um observador –o jornalista ou o medroso texano interpretado por Josh Brolin.
 
E MAIS...

‘Como sobreviver a um ataque zumbi’ mostra cidade tomada por zumbis

Ben, Carter e Augie são grandes amigos que se conheceram no grupo de escoteiros. Já adultos, Ben e Carter não vêem mais graça na atividade, especialmente pelo fato de serem motivo de piada de todos os demais jovens da cidade. Augie, por sua vez, continua empolgado com a ideia de ser um escoteiro. Um dia, quando o trio está acampando, Ben e Carter deixam o local para ir a uma badalada festa secreta. Só que, quando chegam à cidade, percebem que ela está tomada por zumbis, dispostos a matar qualquer um que surgir pela frente.
 
Steve Jobs inspira documentário e ficção recém-lançados
 
Dirigido por Alex Gibney, o documentário “Steve Jobs: o Homem e a Máquina” acompanha a vida pessoal e privada do fundador e CEO da Apple, Steve Jobs, falecido em 2011, criador do computador pessoal. O filme reúne entrevistas com pessoas próximas ao empresário e retrata as diferentes fases de sua vida e seu legado. Recentemente uma ficção (“Jobs”) foi lançada nos cinemas, com Michael Fassbender no papel-título.
 
‘Goosebumps’ é aventura infantojuvenil com toques de humor

Chateado com a mudança para uma cidade pequena, adolescente começa a ver o lado bom quando conhece sua vizinha, descobrindo que o misterioso pai dela é um famoso autor de livros best-seller. Logo descobre que o escritor guarda um perigoso segredo: as criaturas tornadas famosas por suas histórias são reais e estão trancadas nos livros. Com Jack Black no elenco, filme é uma aventura com toques de humor.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por