Frederico Heliodoro solta a voz em quinto álbum

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
31/08/2015 às 08:15.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:34
 (Anna Lara e Amanda de Mendonça)

(Anna Lara e Amanda de Mendonça)

Há quatro anos, Frederico Heliodoro lançava seu primeiro álbum, gravado ao vivo no Café com Letras. De lá para cá, o baixista se mostrou o músico mais profícuo da sua geração, com uma média superior a um disco por ano. Depois vieram “Verano”, “Dois Mundos”, “N.A.P.A.” e “Acordar”, que o músico acaba de disponibilizar na internet por meio de plataformas digitais.
Talvez essa intensa necessidade de registrar a criação explique muito sobre a intensa transformação de linguagem do artista ao longo de seus trabalhos. Afinal, depois que um artista grava suas composições, já se sente livre para experimentar novidades.
Heliodoro começou com um jazz contemporâneo mais complexo, caminhou para um som instrumental mais melódico e, agora, culminou em seu primeiro disco de canções, em que ele se afasta um pouco do universo do jazz para mergulhar em um rock contemporâneo e de forte diálogo com o folk-rock americano de James Taylor e companhia.
Troca
“Todo mundo, hoje em dia, está gerando muito conteúdo em casa, compondo e descobrindo coisas novas. Se não gravar, fica tudo perdido. Para fortalecer a cena, acho que todos deveriam gravar um disco por ano”, conta Fred Heliodoro, que compartilha com o pai, o músico Affonsinho, a ideia de que vale a pena investir na feitura de álbuns.
Segundo o artista de quase 28 anos, só é possível ser tão profícuo com as gravações porque há muita troca entre os músicos de Belo Horizonte. O tempo todo um toca com o outro, divide as responsabilidades da feitura. No caso de “Acordar”, ele contou com Felipe Continentino na bateria e Pedro Martins na guitarra, além de Marcelinho Guerra como responsável pela gravação, mixagem e masterização – e presença importante para as distorções de instrumentos e voz que deram o tom do trabalho.
As primeiras composições com letra de Heliodoro foram feitas em 2010, mas o repertório abraçado em “Acordar” é de músicas desenvolvidas desde 2011. Elas falam de cotidiano, dúvidas pessoais, amor.
Cantor
Seu debute no palco como cantor aconteceu pelo projeto “Dois na Quinta”, do Palácio das Artes, em que tocou com seu pai. Houve ainda um evento fechado no estúdio das fotógrafas que fizeram a imagem acima, para poucos convidados.
O verdadeiro encontro com o público vai se dar no dia 12 de setembro, no 1º Festival de Inverno de Belo Horizonte, no Mirante Mangabeiras. “É um processo diferente. Tem que decorar a letra, tocar baixo e cantar ao mesmo tempo, o que não é fácil. E espero que o público compreenda bem cada verso, para que se sinta tocado pela letra”, diz o músico. Atualmente ele vive dividido entre BH e São Paulo, onde toca como baixista com vários artistas.
Por conta da influência do folk-rock americano e do jazz, há quem perceba uma aproximação entre Heliodoro e o Clube da Esquina

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