Queijo do Serro: o embaixador do espinhaço e Patrimônio Cultural do Brasil

Hoje Em Dia
20/11/2015 às 16:51.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:01
 (Divulgação)

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O início do Caminho dos Diamantes, na Estrada Real, é marcado por uma das tradições gastronômicas mais associadas à mineiridade: a produção de queijo. E não é qualquer queijo. Patrimônio Cultural do Brasil, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o queijo do Serro preserva em seu modo de fazer conhecimentos acumulados ao longo de 300 anos de história.

Cercada por montes cobertos de sempre-vivas, que guardam a nascente do rio Jequitinhonha e inúmeras de cachoeiras, a cidade do Serro, com suas ruas e casarões dispostos em forma de anfiteatro, é um centro irradiador da cultura sertaneja do Território do Espinhaço.

De olho nas possibilidades do turismo para a região, os produtores de Queijo do Serro firmaram um convênio com o Instituto Estrada Real para a certificação de duas variedades do produto. O objetivo é agregar valor, aumentar o apelo e o alcance dos queijos do Serro aos consumidores e turistas de passagem pela Estrada Real.

“O projeto vai divulgar nossos produtos. O turismo aqui ainda é incipiente e o Serro, com suas belezas naturais, poderia ser mais visitado”, diz Carlos da Silveira Dumont, presidente da CooperSerro, cooperativa que reúne 144 produtores da região.
Uma das variedades a serem certificadas é a do Queijo do Serro Estrada Real, que ainda está em fase de desenvolvimento. O queijo será produzido pelos cooperados e maturado pela CooperSerro em um ambiente especial, com umidade e temperatura determinadas a partir de pesquisas desenvolvidas pela Universidade Federal de Viçosa.

“Estamos desenvolvendo o queijo, as embalagens e os rótulos. O queijo do Serro é mais popular, embalado em plástico. Esse será para presentear, mais bonito e tão gostoso quanto o outro”, explica Dumont.

Já o Queijo Minas Colonial edição Estrada Real será maturado por 25 dias, assim como o parmesão, mas vai preservar a consistência macia típica do queijo fresco. “Ele vai ser feito com um fermento específico e curado a uma temperatura mais alta que a tradicional. Queremos um sabor diferenciado”.

Outra aposta para atrair clientes e visitantes é o Passaporte Estrada Real – um documento entregue ao turista no início da viagem que, em cada ponto visitado da rota, recebe um carimbo.
“Acreditamos que o passaporte, somado à presença mais forte do nosso queijo na estrada, vai fazer os turistas subirem até o Vale. Isso ajudaria não só os produtores como toda a cidade”, afirma Dumont.

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