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Quem é fã de Pitty já deve ter percebido que a relação dela com os músicos que a acompanham não é de chefe e subordinados. Há, ali, um companheirismo muito interessante, que reverbera no palco e nas gravações. Dentre eles, quem se destacou foi Martín, muito por conta do projeto Agridoce, dividido com a roqueira há três anos.
Chegou a hora de o público conhecer um Martín que vai além de Pitty. Via Deck, o guitarrista lançou o álbum “Quando um Não Quer”, diverso e interessante trabalho, que conta com participações de destacados músicos do rock independente: Léo Cavalcanti, Jajá Cardoso (Vivendo do Ócio) e Chuck Hipólitho (Vespas Mandarinas).
O álbum começou a ser trabalhado há três anos. Era para ter sido gravado em 12 dias, em curto período de férias, mas Martín preferiu não correr.
“Algumas músicas acabaram pintando durante o processo. As participações foram aparecendo e vi que era impossível me prender ao prazo que havia colocado para mim”, lembra o artista.
Ao planejar o primeiro disco solo, Martín não se prendeu a conceitos ou ideias mirabolantes. “Queria que houvesse espontaneidade. Para que não ficasse exatamente como o repertório dos meus shows solo, convidei bateristas (seis) para participar. Pupillo (da Nação Zumbi) foi uma pessoa que virou a música pelo avesso e me fez tocar de forma diferente”, conta o músico.
Segundo Martín, boa parte das pessoas que vão aos shows o descobriram graças à Pitty. E ele reconhece que isso é muito bom.
“Isso é saudável. Muitas pessoas estão lá para ver o guitarrista da cantora, mas há muito interesse genuíno pela minha música”, diz Martín, que não pode planejar shows de lançamento para o disco justamente por causa da apertada agenda de apresentações da chefe.