Inhotim serve de inspiração para artistas de diferentes áreas

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
30/08/2016 às 16:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:37
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Espaço com mais de 20 galerias e cerca de 700 obras de arte em exposição (fora as 1.300 guardadas em reservas técnicas localizadas no parque e no exterior), o Inhotim é um espaço de inspiração para artistas e agentes culturais das mais diferentes áreas. 

A cantora e musicista Raquel Coutinho é uma das entusiastas do parque de Brumadinho, especialmente por ser um lugar que exige do visitante uma contemplação não usual no dia a dia. “O que o Inhotim tem de tão especial é a possibilidade transportar o público para outra velocidade e para outro espaço. Um lugar onde o tempo se alarga e permite uma apreciação mais profunda e introspectiva”. 

O escritor Jacques Fux se vale da metáfora para falar da beleza do lugar. “Inhotim é o inesperado. É a magia de um doce encontro em um lugar improvável. É a promessa utópica de um amor impossível. É uma fuga clandestina da realidade inexorável”. 

“Gosto muito da variedade de linguagens e abordagens de trabalhos artísticos que têm lá. Dá para ver e experimentar coisas diferentes, como entrar em um quarto todo vermelho ou mergulhar em uma piscina” diz o fotógrafo Daniel Iglesias. 

Jardim

Os artistas também valorizam o belíssimo trabalho botânico feito no lugar. “O que me fascina no Inhotim é  a junção de natureza exuberante criada por mãos de Deus, mas com ajuda de paisagistas e arte contemporânea, isso tudo num lugar que jamais poderíamos imaginar, numa cidadezinha nos arredores de BH”, afirma o bonequeiro Agnaldo Pinho.

“O Inhotim está localizado dentro do domínio da Mata Atlântica e tem a classificação de Jardim Botânico. Existem ali espécies raras de plantas e coleções inteiras de uma mesma espécie, e ainda tem as obras do acervo. Não conseguiria definir com outro adjetivo que não fosse no mínimo próximo de fascinante”, completa a DJ e performer Paloma Parentoni.

“O Inhotim é a comunhão das artes, tendo a natureza como hóstia. Os jardins de Burle Marx são botânica, por um lado, e arte, por outro. O Inhotim é um jardim, e não é; é um museu a céu aberto, e não é; é uma universidade livre, e não é. O mistério do Inhotim é este: um lugar onde a arte traz conteúdo, e a natureza liberta”, afirma Afonso Borges, criador do projeto “Sempre um Papo”.

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