Juliana Paes se prepara para viver primeira vilã em novelas

Folhapress
23/10/2015 às 08:55.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:11
 (Juliana Paes/Facebook)

(Juliana Paes/Facebook)

"Eu quero, eu posso, eu consigo. Tudo vai dar certo!" Esse será o mantra de Carolina, a vilã da próxima novela das sete, "Totalmente Demais" (Globo), que estreia em 9 de novembro. A escolhida para dar vida a essa mulher determinada? Juliana Paes, 36 anos, considerada uma das atrizes mais bonitas do país e com um currículo de personagens populares que caíram no gosto do público. "Viver uma mulher sofisticada e com características tão diferentes das que o público me viu fazer na TV significa que eu conquistei a confiança do telespectador", celebra.

"Quero mostrar minha capacidade de ser múltipla dentro das minhas característica, que eu posso fazer um milhão de coisas." Carolina tem todos os ingredientes para ser odiada pelo telespectador. De temperamento agressivo, ela é a poderosa editora de uma revista de moda. "Carolina tem esse jeito porque precisou ser assim para chegar aonde chegou. Ela tem artimanhas, é muito descolada e consegue reverter situações com sutileza. É muito esperta e também inteligente", define a atriz.

Prestigiada e com milhares de seguidores, a poderosa deixou de lado a vida pessoal para se dedicar à carreira. Mas o relógio biológico a fará mudar de planos. "Carolina quer um filho, uma família. Ela sente falta disso, quer alguém para cuidar, amar e quer ser amada. Isso é uma característica que vai aparecer ao longo da novela, por trás daquela máscara toda", diz.

Mas, para realizar o sonho de ser mãe, é preciso um pai. E, prática, Carolina já escolheu um: é o empresário Arthur (Fábio Assunção). Mulherengo, ele se apaixona pela aspirante a modelo Eliza (Marina Ruy Barbosa), e isso vai atrapalhar os planos da diretora. "Não sei como as pessoas vão interpretar as ações da Carolina. Quando vê que seus desejos podem ser ameaçados pela presença de Eliza, ela vai mostrar a que veio", adianta Juliana.

Novos ares

Neste ano, Juliana Paes comemora 15 anos de seu início em novelas e assume que, mesmo assim, sente-se insegura diante da estreia de uma nova personagem. "Mas, ao longo destes anos, comecei a entender melhor meus próprios mecanismos, como quanto tempo preciso trabalhar para fazer bem uma cena, quanto tempo tenho que estudar antes e o que tenho que estudar", revela. "A verdade é que passei a me sentir mais segura para enfrentar as críticas positivas e negativas, e isso dá um pouco mais de tranquilidade, de serenidade." Sua estreia na TV foi tímida, como a doméstica Ritinha, da novela "Laços de Família" (Globo, 2000). A personagem teve um caso com o patrão Danilo (Alexandre Borges), com direito a cenas cômicas e sensuais que a fizeram ganhar espaço na trama de Manoel Carlos.

"Nessa época, eu ficava sempre com os ouvidos e com os olhos bem abertos para observar e absorver o que a Marieta [Severo, que interpretava sua patroa, Alma] e o Alexandre faziam. Eu perguntava tudo sempre." Foi a partir desse trabalho que a atriz passou a despertar a atenção do público por suas curvas, pela feminilidade e pelo jeito brasileiro de ser. O imaginário do telespectador foi ainda mais aguçado com novos papéis populares e com sua pegada mais sensual em novelas da Globo. "Sempre trabalhei para que isso fosse um momento passageiro, um elogio", diz ela, que, nos últimos anos, tem se destacado em trabalhos diferentes do perfil gostosona, como foi a Catarina de "Meu Pedacinho de Chão" (Globo).

"Fazer as pessoas perceberem que vou além da sensualidade é uma grande conquista para mim", complementa.

Passos certos

Um dos trabalhos que marcaram a passagem da atriz da fase sensual para a de personagens dramáticos foi "Caminho das Índias" (Globo, 2009), quando interpretou a indiana Maya _a trama está sendo reexibida no "Vale a Pena Ver de Novo". "Eu vejo lá do camarim, entre uma troca de roupa e outra. Mas é impressionante como eu lembro de cada cena. Basta eu bater o olho para eu lembrar da situação. Eu vivi muito aquela personagem, foi minha primeira protagonista", fala.

Outra mocinha forte, apesar de bastante sensual, foi Gabriela, na novela de mesmo nome, exibida pela Globo em 2012.

Foi quando Juliana passou a escolher seus desafios na TV. "Ter a chance de selecionar papéis que vão mostrar minhas novas características como atriz é sempre muito importante. Em 'Gabriela', apesar da sensualidade estar muito atrelada, ela tinha um vetor de ser uma personagem de outra época, com outro sotaque. Isso acabou sendo, para mim, o mais instigante", diz ela que, em "Meu Pedacinho de Chão" (Globo, 2014), arrancou elogios do exigente diretor Luiz Fernando Carvalho. "Foi um dos personagens que eu mais me diverti fazendo. Trabalhar com o Luiz é estimulante, a gente fica um tempão estudando, elaborando. Quando vamos gravar já sabemos o que fazer." Ao longo destes 15 anos, Juliana se tornou mãe de Pedro, 4 anos, e de Antônio, de 2 anos. Segundo a atriz, a maternidade a ajudou a enxergar melhor sua carreira.

"Os filhos trazem entendimento. Filho é a maneira pela qual o ser humano se torna menos egoísta. Você, de fato, deixa de fazer coisas em função dos desejos dele", fala.

"Não tem como você não se modificar para personagens vivendo esse sentimento de doação, de entrega. Isso, com certeza, reflete, sim. A gente fica mais sensível."

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