‘Junta’ reúne obras de 40 artistas de diferentes estilos e gerações em bazar

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
04/12/2017 às 15:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:02
 (Jade Liz/Divulgação)

(Jade Liz/Divulgação)

Coexistência é a palavra de ordem do Junta: tanto no que diz respeito à diversidade de linguagens artísticas quanto à variedade do público. Organizado pelos artistas Baba Jung, Binho Barreto, Comum e Thiago Alvim, o bazar busca apresentar um leque amplo da produção independente de Belo Horizonte, reduzindo o gap entre o mercado tradicional das galerias e a arte que transpira da rua e de outros percursos não convencionais. A terceira edição do evento – que acontece neste e no próximo fim de semana, no espaço Mama/Cadela – reúne obras de 40 mineiros, de diferentes gerações, trajetórias e estilos, com preços que partem do valor de R$ 50.

Ao todo, serão mais de 500 trabalhos à venda, que de desdobram em pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e fotografias. “O Junta tem uma visão bem expandida e generosa do que é arte. Procuramos reunir artistas com um percurso mais tradicional com nomes que veem de outros meios, como da arte de rua e dos quadrinhos”, afirma Binho Barreto. 

Outra mistura do Junta é a geracional. Nesta edição, nomes estabelecidos como Marco Paulo Rolla, Paulo Nazareth e Marta Neves se misturam a jovens artistas, como Froiid, Jade Marra e Zuba. “Uma surpresa que tivemos desta vez foi que artistas consagrados nos procuraram, manifestando interesse em participar do evento, por conta dessa troca com a nova geração”, afirma Binho. 

Para Giulia Puntel, que participa pela segunda vez do bazar, o fato de o Junta partir de um esforço coletivo dos próprios artistas é, em si, o diferencial. “Todo mundo precisa vender para sobreviver, e quando os artistas se juntam, há uma quebra do mercado tradicional”, afirma a artista. “Sem contar que fica tudo exposto de forma democrática. Quem está começando lado a lado com nomes mais estabelecidos, sem uma hierarquia. Isso também surpreende o público”, defende. 

Binho ressalta que essa mistura, de fato, é refletida no público consumidor de arte. “É um meio de comercialização alternativo, em que os galeristas têm contato com uma produção que não circula no circuito tradicional. Ao mesmo tempo, buscamos criar o ambiente mais acolhedor possível para aqueles que querem comprar uma obra de arte pela primeira vez sintam-se à vontade”, diz. 

Serviço: 3º Junta – Bazar de Arte Independente. Dias 9 e 10, e 16 e 17 de dezembro, das 10h às 20h, no espaço Mama Cadela (rua Pouso Alegre, 2.048, Santa Tereza). Entrada franca. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por