Lady Gaga emula ídolos em disco com raízes country

Folhapress
19/10/2016 às 15:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:17
 (Reprodução)

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 nunca teve a chance de conhecer.

Com o apoio de um violão (e do toque retrô do produtor britânico Mark Ronson), Gaga compilou 11 canções que  fogem da pista de dança e remetem ao cancioneiro de Dolly Parton e Joni Mitchell.

Destaque para "Million Reasons", uma triste e belíssima balada... sertaneja. (mash-ups da música com o hit "10%", da dupla goiana Maiara e Maraisa, já pipocaram na internet).

A música evidencia um acerto dessa fase campestre: ao contrário da poluição sonora de seu disco anterior, "Artpop", as gravações foram mixadas para evidenciar a bela voz de Gaga (ouça a faixa-título e comprove).

O título do primeiro single, "Perfect Illusion", serviu como metáfora para uma parcela dos fãs que só queriam se esbaldar de dançar após aguentarem dois anos do projeto de jazz de Gaga com Tony Bennett. A produção é confusa, pois a faixa foi claramente composta para ser um hit bate-cabelo, mas acabou sendo camuflada como hino rock (!).

O álbum tem lampejos de criatividade (como o clima tarantinesco de "Sinner's Prayer" e o dueto synth-funky com Florence Welch em "Hey Girl"), mas seus 40 minutos de duração não vão além de boas canções pop/country com toques melancólicos.

Ao final do disco, mesmo com letras mais pessoais e vulneráveis, a impressão é de que a popstar ainda não encontrou um caminho autêntico.

Observando sua carreira em retrospecto, o objetivo da cantora   sempre foi claro: ela quer ser lembrada como uma camaleoa, como Madonna e Bowie. Mas ao contrário dos seus ídolos, que traziam uma injeção de criatividade a cada reinvenção, em "Joanne", Gaga simplesmente emula suas referências.

JOANNE
GRAVADORA Interscope
QUANTO R$ 35, em média
AVALIAÇÃO bom

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