Lenine divide o palco do Palácio das Artes com Orquestra Sinfônica de Minas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
11/05/2017 às 16:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:31

O final de semana é das mães, mas tem pai muito orgulhoso pelo presente oferecido por suas “crias”. O cantor pernambucano Lenine sobe ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes, neste sábado (13) e domingo (14), sem negar o orgulho de encontrá-las “vestidas com roupa de domingo”.

É com essa “emoção gigantesca” que ele acompanhará uma parte de seu repertório – fruto de uma trajetória de mais de 30 anos – ganhar leitura orquestral, apresentando-se ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG). O concerto integra o projeto “Sinfônica Pop”, realizado há sete anos.

Quatro das músicas de Lenine (“Quede Água?”, “Castanho”, “Simples Assim” e “O Universo na Cabeça do Alfinete”, presentes no último CD de Lenine, “Carbono”, lançado em 2015) ganharão arranjos inéditos, compostos pelo maestro convidado Marcelo Ramos.

O repertório inclui ainda outras oito músicas do artista, entre elas sucessos como “Jack Soul Brasileiro” e “Tudo por Acaso”, além de uma abertura instrumental, criada pelo mineiro Fred Natalino. Essa não será a primeira dobradinha de Lenine e a OSMG, que já dividiram palco em 2014.

Memória afetiva

O cantor guarda “memórias afetivas” das experiências anteriores (uma no Palácio das Artes e outra no Instituto Inhotim), não vendo qualquer estranheza nessa mistura entre MPB e erudito. “Minha música traz subsídios e estímulos harmônicos e rítmicos para o universo sinfônico”.

Para ele, tocar sozinho ou com um coral de 1.400 vozes (no teatro Zenith, em Paris, em 2005) representam “exercícios diferentes de coletivos diferentes”, reforçando que, mesmo num show do tipo banquinho e violão, o coletivo se firma por meio dos técnicos de som e luz.

As parcerias com orquestras se tornaram mais frequentes a partir de 2011, em apresentações tanto no Brasil como no exterior. “Nunca é a mesma coisa. São orquestras diferentes, formações diferentes. E quem conduz tem a sua autoralidade. É um coletivo de muitos”.

Expectativa

Para Lenine, os concertos envolvem uma grande equação, que depende da assinatura de quem toca, de como se reage àquela condução e também do repertório. Apesar das diferenças, todos oferecem a mesma carga de impacto e passionalidade. “Até porque o autor sou eu”.

Lenine enfatiza que gosta de ir a todos os cantos com a música. “Não sou adepto de um estilo único. Gosto de procurar e experimentar caminhos sonoros”, sublinha o cantor, que diz estar com “a mesma expectativa que você” sobre o concerto. “Quero ser surpreendido também”.

Serviço: “Sinfônica Pop” – Sábado, às 20h30, e domingo, às 19h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537). Ingressos: R$ 60 e R$ 30 (meia)

 Rafael Motta/divulgação

Filarmônica faz concerto gratuito com trilhas sonoras de filmes

Trilhas sonoras de filmes como “Apocalypse Now”, “Amadeus” e “007” estão no programa do concerto que a Filarmônica de Minas Gerais realiza neste domingo (14), às 11h, em frente à Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1090, Barro Preto). “Interpretaremos novamente a abertura do filme Guerra nas Estrelas a pedido do público. Além disso, as famílias irão relembrar outras belas trilhas cinematográficas”, destaca o maestro Marcos Arakaki, que fará a regência do concerto, que terá peças de Wagner, Mozart, J. Strauss Jr., Liszt e Williams. O acesso é gratuito.

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