Literatura: política brasileira inspira romance de jornalista

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
19/06/2018 às 06:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:48
 (Antônio Carlos Sousa Júnior/Divulgação )

(Antônio Carlos Sousa Júnior/Divulgação )

Não dá para negar que muito do que acontece no cenário político brasileiro parece ficção. Tanto que vários dos que leram “A Morte do Filho do Rei”, romance de estreia do jornalista Guilherme Santos, pensaram que a história, puramente fictícia, tinha grandes ligações com acontecimentos ou figuras reais.

“É engraçado porque as pessoas dizem que ficaram buscando esses traços. Tem gente que viu no personagem principal o (Jair) Bolsonaro, outros viram o Aécio Neves”, confessa o autor, que lança a obra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), na quinta-feira. 

Embora o público faça as próprias correlações, o autor conta que o protagonista não representa figura alguma em específico. “Imaginei um político em um cenário de crise. Personagem que cativasse, mas que, ao longo da história, mostrasse moral frágil e que tivesse os valores desconstruídos para conseguir o que quer”, explica ele, que brinca: “Nessa, já dei até alguns spoilers”. 

Ambiente

Tendo a política como pano de fundo, o cenário de “A Morte do Filho do Rei” não poderia ser outro além da capital federal. “O livro dá um mergulho nesse universo, descreve Brasília, os corredores do Congresso, dos palácios do Planalto e do Jaburu, além de vários pontos do país e curiosidades sobre esse ambiente”, explica o jornalista.  

Para descrever a cidade e os bastidores do jogo político de forma acurada, Santos lançou mão da experiência profissional. “Minha carreira se deu muito no campo da política”, conta ele, que deu início à obra quando ainda vivia em Brasília, em 2011. 

“Naquela época ainda não havia ‘House of Cards’, nada disso. As pessoas não conheciam muito sobre detalhes do Congresso Nacional ou sobre o universo político”, lembra.

Mas, apesar de ter começado a escrever em um período de maior calmaria, os acontecimentos dos anos seguintes acabaram influenciando a obra.

“No tempo em que fiquei escrevendo, tivemos as manifestações de 2013, aí fui incorporando também essas coisas ao livro”, diz. “A ideia é brincar com a realidade, sem fazer caricatura de nada”, sublinha o autor. 

ServiçoLançamento do livro “A Morte do Filho do Rei”, de Guilherme Santos, quinta-feira, às 19h30, no pilotis da CDL -BH (Av. João Pinheiro, 495 – Funcionários). Entrada gratuita.

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