Como toda balzaquiana dos tempos modernos, a editora Miguilim não quer que a data passe despercebida. O resgate dos 30 anos de história que a tornou referência no mercado mineiro e brasileiro de produções literárias infantojuvenis serão comemorados com uma série de eventos durante todo o mês de setembro, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. A programação, que é gratuita, traz exposição, palestras, oficinas, narração de histórias e lançamento de livros.

No final da tarde desta terça-feira (4), o espaço recebe 20 painéis que mostram – a partir de objetos, textos e ilustrações originais – o processo de confecção de um livro. A exposição "Atrás das Páginas" mostra etapas do processo de impressão, (em uma época que se usava ainda fotolito) e traz pinturas rupestres, considerados os primeiros registros da escrita, até os equipamentos digitais de última geração utilizado nos dias de hoje.

"É uma volta ao mundo literário. As ilustrações, por exemplo, são interessantíssimas", destaca o editor Alexandre Machado .

Criada no início da década de 1980, a Editora Miguilim foi pioneira na publicação literária para jovens e crianças no Brasil e reuniu educadores como Antonieta Cunha, Bartolomeu Campos Queirós e Terezinha Alvarenga. “Textos originais poderão ser conferidos na exposição”, destaca o editor.

Lançamentos e reedições (são cerca de 200) seguem sua linha editorial, pautada em projetos gráficos bem cuidados e diversidade de temas. Entre os autores que fizeram parte de sua história, estão Angela Leite com "Lição das Horas", ilustrado por Luiza Pessoa, Antonio Barreto com "Lua no Varal", ilustrado por Paulo Bernardo, "O peixe e o pássaro" e "Flora", esta última obra com desenhos de Maurizio Manzo, Priscila Freire em "Conversa de Corpo", ilustrado por Marcos Coelho Benjamin, entre outros. Dos prêmios, destaque para o Jabuti de literatura infantil, João de Barro e menção na lista de honra da International Board On Books For Young People.


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