Livro 'A princesinha' ganha reedição caprichada

Hoje em Dia
23/11/2015 às 08:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:02
 (Salamandra/Divulgação)

(Salamandra/Divulgação)

É interessante observar que, em meio aos zilhões de títulos destinados ao público infantojuvenil que aportam no mercado ano a ano, existem livros que permanecem ocupando lugar de honra na cabeceira de milhares de crianças – e adultos – de todo o mundo. Um desses clássicos volta à seção de lançamentos, em edição caprichada: “A Princesinha”, da britânica Frances Hodgson Burnett.

Outro lançamento, na verdade, é uma releitura: a de “Oliver Twist”, clássico de Charles Dickens, que ganha, via HarperCollins Brasil/Agir Now, transposição para o século 21, assinada por Tom Grass: “Twist – Oliver: Sem Lar. Sem Futuro. Sem Limites” (286 páginas, R$ 31,90 ou 19,90/e-book).

O livro mostra um rapaz de 18 anos – sem dinheiro, casa ou família, mas com excelente memória e notável talento artístico. Perseguido pela polícia, ele se envolve com ladrões de arte. Liderada pelo “colecionador” Fagin, a gangue planeja o roubo de uma série de pinturas clássicas. O problema é que a vida do jovem é colocada em risco.

Em tempo: a história deve migrar para as telas de cinema. Na verdade, Grass é diretor criativo de uma produtora de filmes que deve produzir a adaptação em 3D. A ideia é que a produtora invista, também, em apps, games e até em uma prequel on-line, na qual o autor irá contar a história anterior ao início de “Twist”.

UM LIVRO COMOVENTE

“A Princesinha”, você sabe, não foi o único êxito da carreira de Frances Hodgson Burnett: ela também assinou “O Jardim Secreto” e “O Peque[/TEXTO]no Lorde”, ambos adaptados tanto para o cinema quanto para o teatro. Clássicos, enfim.

Como dito, a edição da Salamandra (216 páginas, R$47), inédita, é bem bacana, a começar das ilustrações, de Rebecca Green – efetivamente dignas de aplausos. Ana Maria Machado, responsável pela tradução, dispensa apresentações para os adultos: a também autora tem, em seu currículo, nada menos que um Hans Christian Andersen, prêmio que é equivalente a um Nobel da literatura infantojuvenil.

O livro foi originalmente publicado em 1905, e a trama gira em torno de Sara Crewe, filha de um capitão britânico residente na Índia (como se sabe, um dos países colonizados pela Grã-Bretanha). A garota é enviada a Londres para concluir sua educação, e, lá, se depara com a falsa Miss Minchin, dona do seminário que a abriga. Até que um acontecimento trágico faz com que sua vida vira de ponta-cabeça. Agora pobre, Sara é vítima de toda sorte de maldades, algumas perpetradas pelas colegas Lavinia e Jessie. E a menina é chamada de “princesinha” de forma jocosa.

Transferida para um sótão, passa a ser ajudante de cozinha e tem que usar roupas velhas e rotas, embora continue a receber a visita (proibida, agora) das antigas amigas. Mesmo sofrendo, ela faz uso da imaginação para seguir adiante, no que vai ter a ajuda do vizinho “indiano” e de seu criado, Ram Dass.

Vale lembrar que milhares de pessoas – do sexo feminino, em sua imensa maioria – já se comoveram com os infortúnios de Sara, garantindo sua entrada no já citado universo dos clássicos. Merecidamente, acrescente-se.

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