(Divulgação)
Ana Beatriz Brandão tinha apenas 12 anos quando escreveu o seu primeiro livro. E depois não parou mais. Quatro anos depois, ela tem 19 obras escritas e três delas publicadas – como o sucesso “A Sombra de um Anjo” (Novo Século) e o recém-lançado “O Garoto do Cachecol Vermelho” (Verus Editora), que já se mostra muito promissor.
Lançado durante a Bienal de São Paulo na semana passada, o novo livro já teve a primeira edição esgotada. E Ana não é como os outros adolescentes escritores famosos, pois não tem blog ou canal no YouTube. O principal meio de interlocução com os leitores é o Facebook.
“O Garoto do Cachecol Vermelho” tem como principal diferencial o fato de abordar a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em sua narrativa. Essa é a doença do brilhante físico Stephen Hawking, que passou a se tornar mais conhecida pelo grande público após o “desafio do balde de gelo”, que viralizou na internet há dois anos.
“Costumo abordar gêneros diferentes nos meus livros. Quis abordar uma doença em uma história, mas que fosse pouco conhecida. Escolhi uma doença degenerativa, que pode afetar adolescentes e adultos de diferentes idades”, diz Ana Beatriz.
Somente a internet não foi suficiente para levantar informações sobre a doença – e a escritora fez questão de que os relatos do livro fossem de máxima fidelidade. Ela recorreu à Associação Brasileira da Esclerose Lateral Amiotrófica (Abrela), entidade que receberá parte dos recursos arrecadados com a venda do livro.
Romance
Em “O Garoto do Cachecol Vermelho”, Melissa é uma garota rebelde que canaliza suas atenções para o balé e o sonho de conseguir uma bolsa de estudos na escola Juilliard, de Nova York.
“Ela é muito focada no sonho e chega a ter problemas de distúrbio alimentar, por ser paranóica com o peso. Até que, num momento muito inusitado, ela conhece um garoto que está sempre de cachecol vermelho”, conta Ana Beatriz. “Ele promete que em dois meses vai mostrar uma vida mais colorida para ela”.
A escritora tem vários livros na gaveta, prontinhos para serem publicados, mas seu desejo é que a próxima publicação seja de “A Garota das Sapatilhas Brancas”, um desdobramento de “O Garoto do Cachecol Vermelho”. “Nele eu conto a história a partir dos olhos do Daniel, o garoto do cachecol. É um personagem muito curioso e oposto a ela, é interessante poder mostrar mais sobre ele”, diz a escritora, admitindo que é difícil escrever sob a ótica do sexo oposto.