Livro enumera 100 ‘ideias de jerico’ mundo afora

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
30/12/2016 às 16:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:16

Melhor isso. Melhor aquilo. Não faltam opções no mercado literário oferecendo dicas das melhores coisas, de filmes a locais para viajar, passando por receitas de bolo. Navegando contra essa corrente, a editora Valentina lança “As 100 Piores Ideias da História”, da dupla Michael N. Smith e Eric Kasum.

Nesse campo, comprova o livro, o que não falta em nossa civilização são joias de burrice, algumas delas obras-primas da mais terrível imbecilidade. Um exemplo? O presidente americano William Henry Harrison, que ficou no poder apenas 31 dias, o período mais curto de um ocupante da Casa Branca.

Não foi nenhum golpe político, antes que alguém cogite. Aliás, foi um golpe... só que de ar. Conhecido por ser um excelente estrategista, William calculou mal o dia de sua posse, em 4 de março de 1841. Sem chapéu ou sobretudo, aos 67 anos ele fez um discurso de duas horas ao ar livre, desafiando o frio e a chuva. Depois de uma gripe forte, ele se viu com pneumonia e pleuristia. Mais uma semana e não resistiu. 

De confecção simples, sem imagens, o livro tira outras boas mancadas do âmbito político. Uma coisa que pouca gente sabia é que a Sexta-feira 13 tem uma explicação muito real. Para não dizer, lamentável.

Nessa data, em 1307, o egocêntrico rei francês Filipe IV resolveu que iria se livrar de pesadas dívidas e concorrentes de uma tacada só, ao mandar matar os antes heróicos Cavaleiros Templários, que se tornaram homens ricos ao voltarem das cruzadas. Acusados de heresia, todos foram queimados vivos.

Outras pisadas de bola não têm nada de engraçadas, dizendo mais respeito ao fechar de olhos da cultura ocidental. Assim foi com Cristovão Colombo, aclamado por ser o “descobridor” da América. Foi só pisar no continente para ele começar uma chacina de nativos, além de estuprar milhares de índias.

Colombo, o déspota, não só é reverenciado até hoje nos livros de História como o Congresso americano, em 1934, decretou o primeiro feriado nacional, em homenagem ao navegador. 

Nada engraçado também é saber que o FBI teve tudo para impedir o ataque às Torres Gêmeas e não o fez. Um estudante franco-marroquino foi preso, por violar as leis de imigração. Com ele estava um notebook, proibido pelos superiores de ser averiguado. Após o 11/9, encontraram todo o plano terrorista, com nomes e números de telefone... Para quem gosta de teorias conspiratórias, é um prato cheio.

Outra “ideia de jerico” que está por aí são os alimentos transgênicos. Em 1996, a gigante Monsanto afirmou que a soja modificada pouparia os bolsos dos fazendeiros. Mentira: eles tiveram que usar mais herbicida – e da marca fabricada pela Monsanto – e as ervas daninhas se tornaram mais resistentes a ela.

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