(Nasa/Divulgação)
Um bocado de criatividade sempre cai bem na difícil missão de tornar certos temas palatáveis aos jovens. Sabendo disso, a astrônoma Sueli Viegas não deve ter pensado duas vezes para pôr no papel a história da formação do universo após ter a ideia de usar como narrador um próton aventureiro.
Essa partícula, presente em todos os animais, vegetais e animais, já havia contado a leitores como foi o Big Bang e como surgiram as estrelas e a Via Láctea. Deu certo a ponto de a autora lançar também “O rei Sol e seus súditos”, o quarto volume da coleção “O Jogo do Universo” (Editora Terceiro Nome). Nele, o minúsculo viajante dá um passeio pelo espaço para nos falar sobre o nascimento do Sol, 4,5 bilhões de anos atrás.
É com uma linguagem direta e a ajuda de imagens captadas por satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana, que aprendemos sobre a estrela mais importante e tudo o que está ao redor dela: planetas, asteroides e cometas.
Assim, ficamos sabendo, por exemplo, que o Sol tem um diâmetro cem vezes maior do que o da Terra e emite, a cada segundo, uma quantidade de energia equivalente à liberada por 10 trilhões de bombas atômicas. Também aprendemos como meteoros se “transformam” em estrelas cadentes e a diferença deles para meteoritos.
Para dar conta do recado, Sueli Viegas teve que decifrar alguns conceitos de química e física imaginando que parte do público-alvo não seria exatamente de fãs de astronomia, mas de estudantes que talvez nunca tivessem se interessado pelo assunto por conta própria. Por isso, ela não economizou nas comparações. Sorte nossa, pois assim descobrimos que algumas crateras causadas pelo choque de meteoros com o solo da Terra têm diâmetro de 300 quilômetros, poucos menos do que a distância entre o Rio e São Paulo.