‘Meu Amigo, O Dragão’ ganha remake

Estadão Conteúdo
29/09/2016 às 08:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:01
 (Divulgação)

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Mais um monstrinho da Disney chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (29): Elliot mal sabe voar, é manso como um vira-lata e coberto de pelos, mas, mesmo assim, é um dragão. Meu Amigo, O Dragão, do diretor David Lowery, é um remake do filme de mesmo nome de 1977 (Pete’s Dragon, no original), mas parecido com o clássico infantil, uma mistura de live-action com desenho, só mesmo o fato de existir um dragão e o personagem se chamar Pete.

Na nova versão, Pete (interpretado pelo disputado ator mirim Oakes Fegley, que ainda está em três outros filmes em fase de pós-produção) é um garoto que perde os pais em um acidente de automóvel à beira da floresta: assustado e sozinho, ele vaga pelas árvores até encontrar um imenso dragão de sangue quente e peludo. O garoto sobrevive na mata por seis anos, tendo Elliot como amigo e babá, até que uma guarda florestal curiosa (uma Bryce Dallas Howard mais ou menos cética) o encontra e tenta reinseri-lo na sociedade comum. O dragão, que era só uma lenda antiga recontada pelo pai dela (Robert Redford, o próprio), logo vem à tona e desperta a cobiça de um grupo de homens da cidadezinha da região noroeste dos EUA, onde o filme se passa.

Na verdade, o longa foi 100% filmado na Nova Zelândia - país que virou queridinho da indústria desde o sucesso estrondoso de O Senhor dos Anéis. Repare: as locações são deslumbrantes. "Aqui é o melhor lugar do mundo para filmar", disse um entusiasmado David Lowery na première do filme em Wellington, no final de agosto.

Lowery acertou na loteria: aos 36 anos e diretor de uma dúzia de curtas, ele começou a ganhar notoriedade em 2013 com Amor Fora da Lei (Ain’t Them Bodies Saints), com Rooney Mara e Casey Affleck, no festival de Sundance. É curioso que a Disney o escale então para um projeto tão grande, já que os remakes desse tamanho costumam cair em mãos célebres como Tim Burton e Jon Favreau (Meu Amigo teve um custo aproximado de US$ 65 milhões). O resultado parece que agradou: ele foi anunciado como diretor do próximo Peter Pan, previsto para 2018. As críticas também elogiaram o filme desde a estreia nos EUA, em julho.



​"Fazer esse filme foi como recuperar o sentimento de brincar no quintal de casa", conta Lowery - ele assina o roteiro com Toby Halbrooks, sócio também na empreitada anterior. Para o diretor, o maior desafio foi mudar a chave do drama romântico para o filme "família" com protagonistas infantis. "A parte mais difícil foi tentar contar uma história emocionante com crianças. Só se pode filmar com elas por 4 ou 5 horas por dia, por causa da escola, etc., as leis são rígidas. Isso é maravilhoso, mas é um desafio muito grande filmar todas as cenas e ter certeza de captar o material necessário." Por outro, garante: nenhum dragão foi ferido na feitura desse filme.


Meu Amigo, O Dragão foi 100% filmado na Nova Zelândia - e 100% dos efeitos especiais, parte fundamental de qualquer filme com um dragão, também foram feitos por lá. A Weta Digital, produtora dos efeitos por trás de O Senhor dos Anéis, Batman vs. Superman e muitos outros, deu vida ao bichão. "O pessoal comentava que ia demorar meses para renderizar (processamento da imagem no vídeo) por causa da quantidade de pelos que colocamos no dragão", brinca o produtor executivo da Weta, David Conley. "O verde e o branco são cores muito difíceis. Então imagine colocar um dragão verde numa floresta de árvores verdes. Foi animador." A transformação do design em um ser "vivo" na tela, explica, ajudou a moldar a personalidade do personagem dragão. "É divertida a qualidade não aerodinâmica do corpo dele, por exemplo."

*VIAGEM A CONVITE DA DISNEY E DO TURISMO DA NOVA ZELÂNDIA


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


http://www.estadao.com.br

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