MIS entra na programação de aniversário de BH e exibe filmes locais e premiados

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
06/12/2017 às 17:52.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:05
 (ITINERANTE FILMES/DIVULGAÇÃO)

(ITINERANTE FILMES/DIVULGAÇÃO)

Ecos da videoarte e do documentário experimental ainda estão presentes na produção cinematográfica mineira atual, mas ela hoje vem se tornando cada vez mais diversa e universal, valendo-se do aspecto local para discutir questões universais como periferia, família e feminismo.

Ingredientes que saltam aos olhos quando filmes lançados nos últimos cinco anos se reúnem numa mostra como a montada pelo MIS Santa Tereza, para comemorar os 120 anos de Belo Horizonte. Praticamente todos foram premiados em festivais como os de Brasília e Tiradentes.

O tema feminino se manifesta em trabalhos realizados por mulheres, como “Estado Itinerante”, de Ana Carolina Soares, “A Cidade Onde Envelheço”, de Marília Rocha, e “Baronesa”, de Juliana Antunes. Os filmes vão da opressão em casa à redescoberta em outro país.

Ausente pelo menos até o século passado, a voz feminina no cinema mineiro ampliou o leque de assuntos, assim como a visão das comunidades periféricas – que ganhou importância pela primeira vez com “Uma Onda no Ar”, de Helvécio Ratton, lançado em 2002.

Família
Atualmente os principais núcleos se dão nesses lugares, com os filmes de Affonso Uchoa, André Novais, Gabriel Martins e Maurílio Martins – os quatro últimos pertencentes à produtora Filmes de Plástico. Desses, somente “Ela Volta na Quinta” foi selecionado para a mostra.

O longa “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Junior, será exibido hoje, às 19h30, dentro da mostra “120 Anos de BH!”

Primeiro longa de Novais, “Ela Volta na Quinta” reprisa alguns elementos dos trabalhos anteriores do cineasta, como pôr a sua família como personagem e tema, flertando com o aspecto documental. Trânsito entre gêneros que também está presente em outras obras da safra.

Em “A Cidade Onde Envelheço”, Marília reencena a vinda e os encontros de duas portuguesas em Belo Horizonte. Já em “O Céu Sobre os Ombros”, de Sérgio Borges, grande ganhador do Festival de Brasília de 2011,ficção e documentário são quase indistinguíveis.

Mostra 120 Anos de BH – No MIS Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89 – Santa Tereza). Entrada franca.

 PROGRAMAÇÃO

Hoje

"Elon Não Acredita na Morte"

às 19h30

Amanhã

Com os curtas "Na Missão com Kadu", "Estado Itinerante" e "KappaCrucis"

às 17h

"A Cidade Onde Envelheço"

às 19h30

Sábado

"O Menino no Espelho"

às 17h30

"O Céu Sobre os Ombros"

às 19h30

Domingo

"Ela Volta na Quinta"

às 17h

"Baronesa"

às 19h

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