Morre bailarino cubano Fernando Alonso aos 98 anos

Folhapress
28/07/2013 às 21:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:28

Considerado o pai da dança clássica em Cuba, o bailarino e professor Fernando Alonso morreu sábado (27), aos 98 anos, em Havana. A causa não foi divulgada.

Com sua então mulher, Alicia Alonso, maior nome da dança do país caribenho, ele fundou em 1948 o Ballet Nacional de Cuba. Também juntos, eles criaram a Escola Cubana de Ballet , onde desenvolveram o método nacional para o ensino do balé clássico.

Exportada para o mundo todo - inclusive para o Brasil, no final dos anos 1980 -, essa técnica privilegia o biotipo do bailarino latino e incorpora o sistema russo de ensino.

Focado em giros, saltos e piruetas, o método cubano forma artistas virtuosos e não necessariamente dependentes de linhas perfeitas.

Alonso nasceu em 1914 e estreou na companhia americana Mordkin Ballet em 1937. Ele e Alicia fizeram carreira no American Ballet Theatre entre 1940 e 1948, quando voltaram ao país natal para fundar o Balé Alicia Alonso, que se transformaria no Ballet Nacional de Cuba (BNC) -até hoje dirigido por Alicia.

Reconhecido internacionalmente, o BNC exporta bailarinos para o mundo inteiro. A companhia foi comandada por Alonso até 1975, quando ele se separou de Alicia. No mesmo ano, ele assumiu a direção do Ballet de Camaguey, a segunda maior companhia de Cuba, onde permaneceu por 16 anos.

Como professor, Alonso deu aulas em países como Rússia, Estados Unidos, Bulgária, China, Peru, Argentina, Venezuela e Brasil. Em 1992, passou a dirigir a Companhia Nacional de Dança do México.

Em 2000, Alonso recebeu o Prêmio Nacional da Dança em Cuba. Oito anos depois, foi agraciado pelo Teatro Bolshoi, de Moscou, com o Prêmio Benois de la Danse, uma espécie de Oscar da dança. 

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