Museu Memorial Minas sobe o Aglomerado da Serra

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
07/05/2018 às 16:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:42
 (Maria Luiza Correa/Divulgação)

(Maria Luiza Correa/Divulgação)

Ultrapassar os limites físicos do museu. É com essa premissa que o Memorial Minas Vale leva ao Centro Cultural Vila de Fátima, no Aglomerado da Serra, a exposição itinerante “Africanidades”, que fica em cartaz de hoje a 9 de junho. 

Reunindo esculturas, projeções, imagens, áudios e fotografias, a mostra coloca em cena a presença da cultura africana na formação de Minas Gerais. Para isso, são reproduzidos cinco ambientes do museu: as salas Celebrações, Vale do Jequitinhonha, Fazenda Mineira, Vilas Mineiras, Povos Mineiros e, por fim, a que reúne fotografias do livro “África”, de Sebastião Salgado. “A exposição tem todas essas questões da ancestralidade de Minas, da história de como esses povos chegaram aqui”, explica Wagner Tameirão, gestor Cultural do Memorial Minas Vale. 

A itinerância não é novidade (a mostra já passou por sete cidades mineiras), mas Tameirão explica o movimento como uma forma de aumentar a ação cultural do Memorial. “O Aglomerado da Serra não é uma região remota ou distante, mas existem barreiras culturais, uma impossibilidade que pode ser de locomoção ou até mesmo de uma população que não vai ao museu por acreditar que aquele espaço não é para ela”, observa, justificando a escolha pelo local. 

O deslocamento para a região também tem outros significados: ocupar o Centro Cultural do bairro reforça um trabalho já existente entre o museu e o Aglomerado. “No ano passado, começamos uma parceria com a comunidade, trazendo manifestações culturais de lá no projeto ‘Diversidade Periférica’. Agora, chegou a nossa hora de levar alguma coisa para a região”, pontua. “É um projeto que tem esses dois resultados: a ampliação do próprio Memorial e a ampliação dessa questão do ‘Diversidades Periféricas’”, afirma. 

Educação

Para além das manifestações artísticas, a iniciativa inclui também uma formação em relações étnico-raciais, direcionado para agentes culturais e educadores da região “É um trabalho voltado para a lei da obrigatoriedade da inclusão da história e da cultura afro-brasileiras nos currículos escolares”, diz.

Com aulas ministradas pela equipe educativa do Memorial, o curso terá duração de 16 horas e será ministrado em dois turnos. “Serão quatro aulas de manhã e quatro à tarde, para atender professores que trabalham em horários diferentes”, explica. 

Serviço: Exposição “Memorial Vale Itinerante – Africanidades”, de hoje a 9 de junho, no Centro Cultural Vila Fátima (Rua São Miguel Arcanjo, 215 –Aglomerado da Serra). Entrada Gratuita. 

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