Musical 'Bem Sertanejo', com Michel Teló, vem a BH nos dias 27 e 28

Da Redação
almanaque@hojeemdia.com.br
15/05/2017 às 17:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:34

O espetáculo A montagem conta a história da música sertaneja, desde a sua origem caipira, na década de 1920, até os dias mais recentes e traz no repertório cerca de 56 sucessos de nomes consagrados, como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Almir Sater, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Gustavo Lima, entre outros.

“Bem Sertanejo - O Musical” traz na assinatura do texto e da direção o nome de Gustavo Gasparani (SamBRA) e de profissionais consagrados no ramo, como Gringo Cardia (cenografia) e Renato Vieira (coreografias). “Esse é outro mundo para mim. É muito novo ter texto para decorar, ter que interpretar um personagem, aprender as marcações diferentes, estar em cima do palco para um musical é diferente. Mas tem sido um desafio muito bacana”, afirma Michel.

“A música sertaneja veio quebrando barreiras. Historicamente, desde quando ela nasceu, desde quando teve a primeira gravação, o primeiro LP gravado com Cornélio Pires – que juntou uma caravana pra gravar música caipira, o estilo já começou a fazer sucesso. Eu acho que é a raiz do povo. A maioria das pessoas do nosso país, a origem do brasileiro, veio do campo. É de lá que vem a música sertaneja. As pessoas, de alguma maneira, se identificam, toca o coração. Da mesma maneira que o mundo foi evoluindo, foi migrando para o urbano, a música sertaneja foi evoluindo junto. Antigamente, se falava da vida no sertão e, hoje, se fala da vida dessa galera nova, da cidade. E as pessoas se identificam”, finaliza Michel Teló.

Resumo do roteiro

“Bem Sertanejo – O Musical” conta a trajetória e a formação da música caipira e da cultura interiorana do nosso país de forma poética e não cronológica.  A peça propõe uma viagem pelos nossos interiores – memórias, infância, descobertas – resgatando, assim, o sertão que há em cada um de nós, e ao mesmo tempo, um contato direto com as nossas raízes culturais.

Na trama, um grupo de tropeiros, com suas violas caipiras, desbrava o sertão brasileiro e durante o trajeto revela toda a riqueza desse mundão velho sem porteira, com seus causos, lendas, piadas e canções. O primeiro ato é completamente rural, lírico, interiorano, entremeado por poemas de Cora Coralina, Manoel de Barros e inspirado no universo de Guimarães Rosa. Flerta, ainda, com o movimento modernista, que ajudou na construção da nossa identidade brasileira, através dos versos de Mário de Andrade, Manuel Bandeira, da música de Villa-Lobos e da obra de Tarsila do Amaral, que inspirou a cenografia da peça. Monteiro Lobato, Catulo da Paixão Cearense, Chiquinha Gonzaga, Mazzaropi, Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho também fazem parte desse nosso sertão. 

No segundo ato, o foco será a trajetória dos artistas caipiras, como Angelino de Oliveira, Raul Torres, João Pacífico, Tonico e Tinoco, Tião Carreiro, entre outros. Das primeiras apresentações pelo interior até chegar à cidade grande.  De como aquele sertão mítico, isolado do resto do país, vai ficando cada vez mais para trás e os efeitos da sua transformação devido ao progresso e a globalização. O grupo de atores, agora, representa o típico caipira - com o seu chapéu de palha e camisa xadrez - e vai se modificando através do circo/teatro, da rádio e da TV até chegar ao universo pop/multimídia da música sertaneja atual.

Serviço: "Bem Sertanejo", no Minascentro (av. Augusto de Lima, 785, Centro), dia 27/5, às 22h, e 28/5, às 16h e 20h. Ingressos de R$ 50 a R$ 150 no site .

  

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