No dia do hambúrguer, descubra o segredo dos melhores sanduíches

Vinicius Luiz - Hoje em Dia
28/05/2013 às 19:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:38

Muitos não sabem, mas a data de 28 de maio é comemorada como o Dia do Hambúrguer. Mas antes de chegar ao estômago faminto, este prato, consumido no mundo inteiro percorreu quilômetros de terra e anos de história. Uma das versões remetem à região de Hamburgo, na Alemanha, onde os cozinheiros teriam se inspirado no steak tartar, bolo de carne crua temperada, alimento popularizado pelos bárbaros.

O coordenador do curso de Gastronomia da Estácio de Sá, Danilo Simões, conta que depois disso, a carne de hambúrguer encontrou outra invenção - o sanduíche, criação dos ingleses. “Contam que o conde de Sandwich gostava muito de jogar cartas, e um dia, pediu para que seu subordinado preparasse algo prático para ele comer. O empregado teria colocado um pedaço de presunto entre duas fatias de pão, daí nasceu o sanduíche”, relata o professor. Simões também conta que a popularização da iguaria veio depois da Segunda Guerra Mundial, com a expansão das grandes cadeias de fast food.

O professor Simões dá a receita ideal do prato: “O melhor hambúrguer é o artesanal, você faz com carne moída de  patinho ou filé. Tem também a opção de colocar 70% de carne bovina e 30% de carne suína”. Para completar, um ingrediente para dar a liga, como farinha de pão, além de cebola, temperos e outras iguarias, como chimichurri.

 

 

A preparação artesanal é o diferencial do “Renato Burguer”, lanchonete que funciona há 42 anos na Avenida do Contorno, no bairro de Lourdes, região centro-Sul de BH, e oferece mais de 40 opções diferentes. O proprietário Daniel Nápoles explica que o hambúrguer da casa é feito com acém moído, que leva tempero especial. O “Renato Burguer” leva o nome do fundador, que deixou o negócio há 12 anos. Daniel conta que o sanduíche mais tradicional de lá é o “Trucs” - frango desfiado, azeitona preta, alface, tomate, bacon tostado e presunto. Mas o astro do cardápio é o Filé Especial, recheado com filé mignon, queijo, bacon, ovo, alface e tomate. O dono se orgulha de fazer de tudo na lanchonete: “Trabalho com sanduíche há mais de 20 anos, eu que criei três tipos de molho aqui e somos a loja que tem maior quantidade de molhos em BH”.

Na Pampulha, outra lanchonete que aposta no diferencial é o “Ouro Burguer”. Há sete anos no bairro Ouro Preto, a casa também oferece molhos, mas o carro-chefe da casa é a promoção do “Dinossauro”, sanduíche monstruoso que leva três hambúrgueres de boi, dois de frango, três ovos, três queijos, três fatias de presunto, cobertos por cubos de bacon, batata palha, queijo e tomate. Quem conseguir comer três unidades do “Dinossauro”, leva R$ 1.000 pra casa, caso consiga se levantar da cadeira.

O “Ouro Burguer” oferece outras 20 opções de sanduíche para os clientes, entre elas o Picanha Ouro, recomendado pelo dono, Paulo Renato. Bem menor que o “Dinossauro”, mas não menos calórico, a "iguaria" leva hambúrguer de picanha, queijo, presunto, batata palha e ovo. Mas segundo o empresário, o segredo para o prato ficar saboroso não está apenas nos ingredientes: “Primeiro é preciso fazer com amor, depois fazer com a mesma qualidade. Fazemos o sanduíche da mesma forma como a gente fazia no começo”, conclui. Com amor, queijo, carne e molho especial, o estômago sorri agradecido e satisfeito.

Além das grandes redes internacionais de sanduíches que dominam ruas e shoppings da Capital, sanduicherias e trailers estão espalhados por vários bairros, alguns com mais de 20 anos de existência, como o Ko-milão e Breik-Breik. Como os próprios frequentadores afirmam, é a pedida para o fim de noite.

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