Ozzy Osbourne se despede de BH com show enérgico na Esplanada do Mineirão

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
18/05/2018 às 22:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:55
 (Lucas Buzatti)

(Lucas Buzatti)

É realmente difícil pensar que Ozzy Osbourne vai se aposentar dos palcos. Afinal, aos 69 anos e há quase 50 na estrada, o cantor britânico ostenta uma energia de invejar qualquer jovem. Ozzy corre pelo palco, "bate cabeça", se diverte e canta com a voz peculiar e potente os clássicos que marcaram sua carreira solo e no Black Sabbath. Conclama o público com seu chamado - "let me here you scream!" - e é atendido com berros acalorados. Foi assim, mais uma vez, em sua terceira e provavelmente última passagem por Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (18).

A apresentação na Esplanada do Mineirão integra a agenda que seria a última do madman, como sugerido pelo nome "No More Tours 2" - em referência ao sucesso "No More Tears", um dos grandes momentos do show. 

Muito bem acompanhado por seu exímio guitarrista e fiel escudeiro Zakk Wylde e também pelos "monstros" Tommy Cluefetos (bateria) e Adam Wakeman (teclados),  Ozzy desfilou uma trajetória honrosa na música pesada. 

De "Bark at The Moon" (que abriu o show após a introdução com "O Fortuna", de Carl Off) a "Crazy Train", de "I Don't Know" a "Shot In The Dark", foram quase duas horas de um show enérgico, que também contou com hinos do Sabbath como "Fairies Wear Boots", "War Pigs" e Paranoid". Entre uma e outra "pedrada", o Príncipe das Trevas gargalhava, batia palmas e saudava o público mineiro. 

Confira um dos momentos do show:

Apesar de vazia, tendo em vista a magnutide artística de Ozzy e o fato de ser seu último show na cidade, a plateia de Belo Horizonte reuniu entusiasmados "headbangers" de todas as idades, muitos em família. Era o caso da psicóloga Ana Paula Roland, 41, que levou o filho Guilherme, de dez anos. "Viemos lá de Diamantina. Este é o primeiro show dele. O pai ama rock", comentou.  O médico Ronaldo Álvares, 49, que levou o filho Lucas, 11, lembra a importância do cantor. "Ozzy é o começo da história. É com ele e com o Black Sabbath que o metal começou".

Espectador ilustre, o produtor e técnico de som Silvio Gomes, que trabalhou por décadas com o Sepultura, marcou presença em mais um show de Ozzy para sua lista. "Tive a chance de conhecê-lo nos Estados Unidos, em 1992, numa turnê do Sepultura com ele e o Alice Chains. É o Ozzy, cara. O vocalista do Black Sabbath. Não precisa dizer mais nada", afirmou, puxando a orelha de quem deixou de ir ao show. "Quem não veio perdeu a chance de ver um dinossauro do rock dando seus últimos passos".

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