Pereira da Viola lança 'Novos Caminhos', sétimo álbum da carreira, nesta quarta-feira

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
18/03/2018 às 22:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:55
 (Mariana Botelho/Divulgação)

(Mariana Botelho/Divulgação)

"É uma viagem reflexiva para dentro de mim mesmo. Um disco introspectivo, que dialoga com o silêncio e com a afetividade”. Assim Pereira da Viola define seu sétimo registro de inéditas, intitulado “Novos Caminhos”. Gravado no formato voz e viola, o álbum intimista marca uma nova etapa da carreira do artista mineiro e será lançado nesta quarta-feira (21) num show que acontece no Grande Teatro do Sesc Palladium.

“Novos Caminhos” traz 13 faixas, sendo nove temas autorais, assinados por Pereira em parceria com o poeta João Evangelista Rodrigues. “Nesse disco, eu passeio por vários temas, como o amor, a utopia e as questões ambientais, que são pautas recorrentes no meu trabalho e na minha vida cotidiana. Sempre tive uma visão crítica com relação ao desmatamento, à hegemonia do eucalipto e da soja, à mineração”, afirma. “Nesse momento em que o ser humano anda tão agressivo, proponho o amor e o afeto com uma música que acalma e pacifica”, completa.

Os temas do novo trabalho exprimem ainda uma espiritualidade forte e o compromisso com a emancipação das mulheres e dos homens. A religiosidade está presente em “Lenda Hindu” e “Mãe do Céu Morena” (Padre Zezinho) –música de inspiração católica, que é uma das três canções assinadas por outros autores, ao lado de “Sabiá” (Cyelne Peluso e Olívio Araújo) e “Bela Pessoa” (Nilson Chaves). 

Para o artista mineiro, que já soma 20 anos de carreira, o disco explora as diferentes possibilidades da viola. “É um álbum muito contemporâneo, já que essa sonoridade voz e viola não é muito comum. Mantenho a singeleza da viola, no sentido de fazer acordes simples, com maestria, mas exploro uma nova linguagem do instrumento”, afirma Pereira, artista nascido em São Julião, distrito de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

O músico defende que a viola vive, atualmente, um momento de ascensão. “A viola tem um som sutil, misterioso. Tem uma singeleza e uma simplicidade marcantes. O sofisticado, na viola, é conseguir fazer o mais simples”, pontua. “Esse trabalho traduz uma linguagem extremamente contemporânea da viola, com uma amplitude filosófica maior, que foge do uso do instrumento na cultura popular. A viola ampliou laços. Hoje tem violeiro fazendo música erudita, música barroca, música flamenca”, afirma. 

Sobre o show, o artista conta que o disco será executado praticamente na íntegra, junto a músicas de outros trabalhos. A apresentação tem participações do irmão de Pereira, Dito Rodrigues (voz e violão), e de Bartira Sene (voz e piano) e Thaila Rodrigues (voz), respectivamente sua filha e sobrinha. “É nepotismo total, mas um nepotismo do bem”, diverte-se.

Serviço: Pereira da Viola apresenta "Novos Caminhos". Amanhã, às 20h, no Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046 – Centro). Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).

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