Ele é o “Sr. Oscar”, mas nesse domingo sua reconhecível voz e seu conhecimento sobre cinema estarão a serviço de outra premiação: o Globo de Ouro, que será concedido, pela 74ª vez, pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, no hotel Beverly Hilton, em Los Angeles, a partir das 22h.
No início da noite de quinta-feira, em entrevista ao Hoje em Dia, por telefone, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho já estava em Atlanta, nos estúdios da TNT (TV por assinatura), canal que transmitirá a cerimônia ao vivo. “O Globo de Ouro é mais divertido. O Oscar está ficando muito sério”, diverte-se.
Para Rubens, um dos segredos do sucesso da premiação é a bebida. “Muito champanhe e nada para comer, uma combinação perfeita”, brinca mais uma vez, destacando que o Globo de Ouro passou a ser interessante devido ao bom humor, garantido pelo apresentador da noite, o comediante Jimmy Fallon.
“Acertaram em cheio. Ele é o melhor dos apresentadores dos talk shows americanos e o Globo foi mais rápido ao contratá-lo. O Oscar ficou com o segundo melhor, o Jimmy Kimmel”, compara Rubens, que também chama a atenção para o fato de ser um prêmio para os melhores do cinema e da televisão.
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“É o único que mistura gente de cinema e TV, muitos que só passam a se conhecer ali”, ressalta. No quesito TV, o crítico registra que o sucesso do Globo de Ouro levou o Emmy (prêmio específico da televisão americana) a fazer mudanças em suas regras, com um olhar mais atento às novidades.
“Como os votantes do Emmy são mais velhos, escolhiam sempre as mesmas séries. Já o Globo premia o melhor da temporada, mostrando que acompanha todas as séries que entram no ar”, sublinha Rubens, que, no início da semana, foi empossado secretário de Cultura de Paulínia (SP).
Sobre os filmes em disputa, o comentarista aposta no musical “La La Land”, que recebeu o maior número de indicações, como o favorito na categoria comédia/musical. Em drama, ele torce por “Moonlight”, produção que “trata de forma poética questões como violência, bullying e drogas”.
Entre os concorrentes de melhor drama, nenhum dos filmes estreou ainda no Brasil. As comédias “Deadpool”, sobre o anti-herói homônimo da Marvel, e “Florence: Quem é Essa Mulher?”, que tem Meryl Streep como concorrente à melhor interpretação, já passaram nos cinemas do país.
Streep, por sinal, será a homenageada da noite, recebendo o troféu Cecil B. De Mille, pelo conjunto da obra. Nos troféus dedicados à TV, o maior indicado é “The People v. O. J. Simpson: American Crime Story”, com cinco indicações, sobre o ídolo do futebol americano acusado de vários crimes.