Primeira edição da FLAC começa nesta sexta-feira, com leilão de obras inéditas

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
26/10/2017 às 18:09.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:24
 (Victor Burgos/Divulgação)

(Victor Burgos/Divulgação)

Diminuir o gap entre a arte contemporânea independente e o mercado de galerias, fomentando o acesso e a formação do público. Esses são alguns dos principais objetivos que nortearam a produção da Feira Livre de Arte Contemporânea (FLAC), cuja primeira edição começa nesta sexta-feira (27), em Belo Horizonte. Até domingo, centenas de obras de 65 artistas independentes da cidade estarão expostas e à venda no CentroeQuatro, onde também acontecerão atividades como visitas guiadas, rodas de conversa e minioficinas. 

O evento começa com um grande leilão de obras inéditas, que contará com 86 obras produzidas a partir de diferentes técnicas como nanquim, acrílica sobre tela, grafite, óleo sobre tela, madeira, ferro, aquarela, entre outras. “O leilão será conduzido por Amilcar Martins, leiloeiro com grande experiência na área. São obras que os próprios artistas participantes da Feira selecionaram”, conta Andréia Menezes De Bernardi, uma das coordenadoras do projeto. 

Entre os artistas selecionados, estão nomes como Cyro Almeida, Fabíola Tasca, Isabela Prado, Marcel Diogo, Maria do Céu Diel, Thiago Alvim. De Bernardi ressalta que a FLAC selecionou, propositalmente, trabalhos com preços acessíveis – os lances iniciais vão de R$ 60 a R$ 3.000. “Há um senso comum de que só existem obras de arte a preços altos, o que não é verdade. Têm formatos e técnicas que permitem a qualquer pessoa adquirir obras de arte de qualidade”, diz. 

A coordenadora da FLAC sublinha que os artistas participantes passaram pela aprovação de uma comissão curadora, formada por três especialistas. “Recebemos 185 inscrições e selecionamos 65 nomes. Foram escolhidos artistas que têm um desenvolvimento conceitual interessante, de diferentes gerações e técnicas”, explica De Bernardi. “A Feira tem desde obras de artistas que já passaram pela Bienal de Veneza, como Paulo Nazareth, até novos e promissores nomes. Para curadores, galeristas ou mesmo os que querem começar uma coleção, é uma oportunidade de adquirir obras que já foram previamente selecionadas”, afirma, lembrando que parte da receita será destinada à campanha Outubro Rosa promovida pelo grupo “Pérolas de Minas”, que atua na prevenção e combate ao câncer de mama em Minas.

Produção quente

Outro ponto importante da FLAC é a participação dos artistas durante o evento. “Foi bonito e gratificante perceber como esses artistas já estavam preparados para participarem da Feira. Existe um forte movimento empreendedor no cenário independente”, afirma De Bernardi, lembrando que a FLAC chega na esteira de outros eventos, como o Junta – Bazar de Arte Independente. 

“O que buscamos é facilitar a inserção desses artistas no mercado da arte e ampliar o acesso do público a esses trabalhos”, continua De Bernardi. “Belo Horizonte tem uma produção muito relevante. São artistas excelentes, que muitas vezes deixam a cidade para buscar outras oportunidades. Precisamos ter um olhar mais atento a essa realidade”.

Serviço: 1ª FLAC. Desta sexta-feira (27) a domingo (29), no CentoeQuatro (Praça Rui Barbosa, 104, Centro). O leilão acontece hoje, às 20h. Toda a programação é gratuita. Mais informações em www.flac.art.br.

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