Projeto 'Conversas Brasis – Procura-se cORAÇÃO Brasil' trabalha sensibilidade para o mundo

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
23/09/2016 às 19:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:57
 (Rai Shizuno / Divulgação)

(Rai Shizuno / Divulgação)

Dudude Herrmann quer aprimorar o lado barata dos artistas. Antes que alguém imagine uma cena lisérgica do livro “The Naked Lunch”, de William Burroughs, a citação ao inseto tem a ver com as suas antenas, “cinestésicas” como define a bailarina e coreógrafa, sempre prontas para captar qualquer perigo.

"O artista trabalha no tronco do sensível, escancarando o que está aí. Uma das missões é compartilhar aquilo que todo mundo vê e sabe, mas não segue ou deixa para o outro resolver”, sintetiza Dudude, que abordará a questão neste sábado (24) e domingo (25), no projeto “Conversas Brasis – Procura-se cORAÇÃO Brasil”.

Realizado no ateliê da artista, em Casa Branca, o projeto reúne especialistas de várias áreas, como dança, filosofia e ecologia, para pensar o Brasil pelo lado positivo. “É uma maneira de trabalhar a nossa sensibilidade para o mundo de agora, em como posso atuar. Hoje estamos sofrendo o efeito da falta de cuidado”, registra.

O projeto, que terá palestrantes como Renata Sá Premen, Maria de Lourdes Gouveia, Cassiano Sydow Quilici, Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, Patricia Lobato, Renato Motha e Carlinhos Afro, faz parte das atividades de preparação da montagem do solo “Sublime Travessia”, com previsão de estreia em dezembro.

Para Dudude, não é possível depositar nos governantes a possibilidade de mudança. “Sinceramente, eles não têm esse poder. É muita areia e ruído para tanto. Esse é um movimento que dever ser feito com as minorias, com as micropolíticas, com a contaminação de seu próximo”, defende Dudude.

Ação faz parte das atividades de preparação da montagem do novo solo de Dudude, “Sublime Travessia”, com estreia prevista para dezembro

 Modo de vida
A partir desse encontro, ela acredita que absorverá muitas questões importantes para o desenvolvimento de “Sublime Travessia”. Ela diz que tem viajado muito pelo Brasil e visto muito descaso. “A riqueza do nosso povo é grande. Somos muito criativos, mas sempre precisamos ter coragem para alterar nosso modo de viver”.

O ateliê de Dudude tem sido um palco constante para a criação e promoção de ações focadas na arte contemporânea, por meio de eventos com artistas nacionais e internacionais. “Meu ateliê está no meio da natureza, estou sempre em contato com ela e vendo as modificações escandalosas que estão realizando”, salienta.

Ela também deve preparar o espetáculo “Estudo Improvisado de uma Primavera Imprevisível”, que já foi testado em São Paulo. “Cada vez mais eu percebo que os trabalhos que componho estão com essa bandeira, da ecologia humana, da alteração de nossas formas de conviver”.

Serviço: “Conversas Brasis – Procura-se o cORAÇÃO Brasil” – Hoje e amanhã, no Condomínio Quintas de Casa Branca (Alameda das Acácias 409, Casa Branca, em- Brumadinho). Mais informações: coisasdedudude.blogspot.com.br

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