Referência mundial, Cirque Éloize se apresenta hoje em BH

Thiago Pereira
talberto@hojeemdia.com.br
19/09/2017 às 17:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:38
 ( Patrick Lasic/Divulgação)

( Patrick Lasic/Divulgação)

“As pessoas hoje andam muito de cabeça para baixo, sem olhar umas paras as outras. Nossa missão é fazer com que elas se levantem um pouco”. É bem possível que os olhares de todos os presentes no Palácio das Artes hoje à noite estarão respondendo à esta vontade expressa por Ashley Carr, principal bailarino da companhia Cirque Éloize.

Nascida no Canadá em 1993, a trupe [TEXTO]que ocupa o palco mineiro com o espetáculo “Cirkopolis” é uma das referências mundiais do circo contemporâneo. Com mais de 4 mil apresentações em 440 cidades de mais de 40 países diferentes, a companhia já participou de inúmeros festivais internacionais, além de apresentações em praças consagradas da dramaturgia como a Broadway, em Nova York, e o West End, em Londres.

Ou seja, há tempos eles atualizam a “arte anciã” que é o circo, como sublinha Carr. “Uma atividade que remonta aos egípcios, cheia de tradições. O que procuramos fazer é integrar as linhas dramáticas e acrobacias consagradas com uma performance mais multimídia, com formas contemporâneas de arte”.

É o caso de “Cirkopolis”, que projeta no palco uma possível utopia para os dias que correm, alocando através da arte o sonho e as possibilidades de mudança em um mundo onde elas parecem estar se esvaindo. A influência assumida de “Metrópolis”, obra prima cinematográfica de Fritz Lang, aparece aqui numa chave invertida: o que antes era a representação do caos em tons cinzentos, ganha cores nas mãos (e pernas, e movimentos impressionáveis) do Éloize. “Em um mundo onde tudo está muito oprimido, monótono, o circo oferece uma nova perspectiva”, diz Carr, concatenando tanto o roteiro do espetáculo quanto a função social que acredita portar.

Assim, doze acrobatas e artistas multidisciplinares se rebelam contra a monotonia, se reinventam e desafiam os limites da urbe automatizada. “Trazemos uma nova forma de expressão, na alegria, na liberdade”. E lembrando que Éloize é um termo franco-canadense que significa “carregado de energia</CW>”, o bailarino reafirma a missão do grupo: “Carregamos luz onde antes era escuridão”.

Serviço: “Cirkopolis” – Companhia Cirque Éloize , hoje às 20h30 no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro). Ingressos: à venda nas bilheterias do teatro ou pelo site www.ingressorapido.com.br

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