Rick Wakeman relembra obra dos anos 70 em única apresentação

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
29/10/2014 às 07:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:49
 (Lee Wilkinson/)

(Lee Wilkinson/)

Quem estiver no Grande Teatro do Palácio das Artes neste sábado será convidado a fazer uma viagem musical por grandes histórias. Os reis ingleses Arthur e Henrique 8º, além da “Viagem ao Centro da Terra”, de Julio Verne, são algumas das inspirações para as músicas que o tecladista britânico Rick Wakeman apresenta em sua turnê pelo Brasil.
Instrumentista destacado da cena do rock progressivo dos anos 70 e ex-integrante do Yes, ele levou em conta os milhares de e-mails recebidos de brasileiros para montar o repertório. A maioria dos fãs fez questão de dizer que gostaria de ouvir as músicas dos discos temáticos da década de 70 – especialmente do álbum “Journey to the Centre of the Earth”, de 1974.
“Decidimos escolher músicas que as pessoas estavam ansiosas para ouvir. Mas também vamos colocar algumas surpresas. As pessoas vão ouvir o que esperam ouvir, mas também gostam de se surpreender”, adianta Wakeman, que faz questão de comprar livros em todas as cidades que visita, em busca de estórias que possam lhe inspirar para uma nova música. O interesse do público pelo início da carreira é encarado com naturalidade. Para o artista, o rock progressivo dos anos 70 foi muito rico em termos de criatividade e inovação – e por isso o público faz questão de reverenciá-lo. “Naquele período, não tínhamos computadores, nem teclados que processavam uma variedade enorme de sons. Tudo tinha que ser criado por nós mesmos. Foi uma época com tantas bandas únicas, como Led Zeppelin, The Who, Genesis e Yes. Você podia reconhecê-las imediatamente ao ouvir uma música, por causa da criatividade de cada um”, afirma o artista de 65 anos.
A ampliação do mercado da música, com um investimento alto em turnês mundiais, também foram importantes para o enriquecimento daquela cena do rock britânico.
“Também foi uma época em que passamos a viajar pelo mundo todo e receber diferentes influências. Eu estive no Brasil pela primeira vez em 1975. A música que ouvi e os músicos que conheci foram muito importantes para o trabalho que desenvolvi nos anos seguintes. O mesmo aconteceu quando visitei o Leste Europeu”, completa Wakeman, que já se apresentou no Brasil em 12 oportunidades em quase 40 anos.

Olhos fechados
Para Wakeman, compor sobre histórias que encontra pelo caminho é um trabalho natural. Basta fechar os olhos para enxergar imagens que se integram à música construída. “Comecei a estudar piano quando eu tinha 5 anos de idade e meu professor de música costumava dizer que, enquanto eu tocava, devia fechar os olhos e enxergar imagens. Sempre fiz isso e continuo fazendo. Por isso mesmo, no palco, muitas vezes estou de olhos fechados”.   Rick Wakeman no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537), sábado, às 21h. Plateia 1: R$250 e R$125 (meia); Plateia 2: R$200 e R$100 (meia); Plateia superior: R$150 e R$75 (meia)

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