Roberta Sá aposta suas fichas em 11 canções, sendo oito inéditas

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
18/10/2015 às 13:01.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:06
 (DARYAN DORNELLES/DIVULGAÇÃO)

(DARYAN DORNELLES/DIVULGAÇÃO)

Ao planejar o álbum “Delírio” (Som Livre/MP,B Discos), Roberta Sá tinha duas diretrizes: tratar do universo feminino a partir de um ponto de vista contemporâneo e aliar isso a uma sonoridade que fosse simples, limpa – e de uma linhagem mais tradicional. “O que não quer dizer careta”, explica ela, que mais uma vez foca seu trabalho no samba. E qual recorte do universo feminino a cantora quis tratar? “A mulher conquistou muitas coisas, mas sinto que esse poder faz com que, muitas vezes, endureça. No CD, falo de uma mulher que tem poder, trabalha, mas também quer conforto, colo, carinho, que quer ser feminina”, diz.

São 11 faixas, sendo oito inéditas. Dentre estas, cinco feitas especialmente para o álbum, a partir de orientação da artista sobre o conceito do álbum – como “Me Erra”, de Adriana Calcanhotto. “Quando ouvi o disco ‘Micróbio do Samba’, disse ‘é isso que quero de você’. Aquele é um dos discos de samba mais importantes dos últimos tempos.

Também falei ao Martinho (da Vila) que queria uma música como ‘Disritmia’, mas, dessa vez, como se fosse a mulher chegando em casa”, conta ela, sobre “Amanhã É Sábado”, que ganhou do sambista da Vila Isabel, que participa da gravação.

Há outras três participações bem especiais no CD: a de Chico Buarque (“Se For pra Mentir”, de Arnaldo Antunes e Cézar Mendes), do português Antonio Zambujo (“Covardia”, de Ataulfo Alves e Mario Lago) e a de Xande de Pilares, que canta com Roberta “Boca em Boca” – parceria dos dois.

COMPOSITORA

Bem, Roberta já mostrou algumas vezes ao público o seu lado compositora, especialmente quando era casada com o músico Pedro Luís. Em sua gaveta, existem muitas outras composições a serem apresentadas, mas, ela admite, falta uma certa coragem. “É uma barreira que tenho que quebrar. Mas já tive a coragem de mandar um trecho para o Xande e ele completou”, brinda.

O novo show estreia em novembro, no Rio de Janeiro. Uma coisa é certa: não será focado exclusivamente no novo CD (aliás, produzido por Rodrigo Campello) – terá um pouquinho de cada um dos outros álbuns.

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