Roberta Sá leva o álbum 'Delírio' para o Palácio das Artes

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
31/03/2016 às 18:18.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:43
 (Daryan Dornelles/Divulgação)

(Daryan Dornelles/Divulgação)

A cada acorde, a sensação de estar à beira-mar aumenta – ainda que a realidade aponte para uma sala de escritório, rodeada de computadores, com um “vento” resfriado por ar condicionado, a centenas de quilômetros do litoral. A responsável pela impressão de “frescor” é a cantora Roberta Sá, que traz em seu novo trabalho, “Delírio”, canções bem tranquilas, condizentes com o momento atual da artista. “O samba é uma volta para casa, para o centro e equilíbrio”, diz Roberta.
 

Quem for sexta-feira (1), às 21h, ao Palácio das Artes, vai poder provar desse “equilíbrio”. No palco mineiro a cantora nascida no Rio Grande do Norte e radicada nas praias cariocas desde os nove anos lança o sexto álbum da carreira.


Além da faixa-título, “Boca em Boca” (esta em parceria com Xande de Pilares, também autor de sucessos como “Brincadeira Tem Hora”) tem a batida um pouco mais forte. A diferença das novas músicas com as do trabalho anterior é tangível. Além de o álbum “Segunda Pele” (2013) ser mais agitado, foi assinalado pela influência pop. Em “Delírio”, o samba dá o tom, marcando o retorno de Roberta às próprias “raízes”.


“Fiquei mesmo com vontade de encontrar um repertório que despertasse esse sentimento primário que me fez começar a cantar. Voltar para algum lugar para eu me achar e seguir a caminhada”, afirma.


O álbum


Com sonoridade mais limpa e letras “atemporais” sobre amor “por diversos prismas”, como diz Roberta, o disco traz 11 faixas, sendo oito inéditas. Nenhuma delas assinada por Roberta, o que ela não encara como problema. “Só mostro o que eu acho que é bom. Acho que preciso exercitar mais meu lado compositora, mas não vejo nisso uma obrigação”, avalia.


Entre as parcerias, Adriana Calcanhotto, Cézar Mendes, Tom Veloso e Martinho da Vila. “Fiquei muitíssimo feliz em ter inspirado essas pérolas. Isso já faz o disco inteiro valer a pena”.


Outro nome de peso é Chico Buarque, que aparece não como compositor – proposta inicial de Roberta –, mas como intérprete, em “Se For Pra Mentir”. “É um samba do Arnaldo Antunes e do Cézar Mendes, parecido com alguns sambas do Chico. Liguei para ele e disse: ‘Chico, sabe aquele samba que você não fez pra mim? O Cézar Mendes e o Arnaldo Antunes fizeram!’. E chamei ele pra cantar”, brinca.


O português António Zambujo também faz duo com Roberta. A dupla gravou “Covardia”, de Mário Lago e Ataulfo Alves – um choro-canção, originalmente. “Delírio” é ainda a estreia de Roberta na direção de arte. A experiência, diz ela, foi pontuada por processos desgastantes, porém positivos. “Gostei de cuidar disso, embora não seja nem de perto minha área”, confessa.


Serviço: Lançamento do CD “Delírio”, de Roberta Sá. Sexta (1), às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537). Plateias 1 e 2: R$ 160 e R$ 80 (meia). Plateia superior R$ 120 e R$ 60 (meia). Vendas: ingresso.com

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