Sérgio Pererê abre o festival 'Imune'

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
28/02/2018 às 18:45.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:37
 (Pedro Furtado/divulgação)

(Pedro Furtado/divulgação)

“Se fizermos uma análise bem simples, percebemos que a música brasileira é toda baseada em coletivos. O próprio histórico dela nos ensina que se a gente caminhar junto sempre vai ser bom”, observa Sérgio Pererê, que abre hoje a programação do Festival Imune – Instante da Música Negra. O evento tem programação estendida durante todo o mês e ainda conta com nomes como Maíra Baldaia e Chico César, no dia 29, sua noite de encerramento. Em uma apresentação intimista, Pererê leva para o show o próprio caráter do projeto – que celebra a coletividade, a resistência e o cenário contemporâneo da música negra de Belo Horizonte. Não por acaso, ele convida para a apresentação outros dois jovens músicos: Ana Hilário e Rodrigo Negão. “Pensei que essa seria uma boa oportunidade para experimentar esse convívio no palco. É quase uma vivência mística, uma oportunidade de partilhar a alma”, pontua o músico. Pererê conta que a escolha dos nomes é significativa. “Eles são artistas mais jovens que de certa forma me inspiram, que me dão força até no que faço. Posso dizer que chamo os dois pela esperança que vejo neles”, explica. “Conheci a Ana Hilário através de amigos do Berimbrown. Desde que a vi cantar, fiquei deslumbrado e pensei que em algum momento gostaria de chamá-la para cantar comigo. Já eu e Rodrigo Negão dialogamos há muito tempo”, conta.  Na apresentação, o músico promete um passeio por composições já consagradas de seu repertório, mas também novidades. “Vou mostrar alguma coisa do disco que estou preparando, que vai ser o disco mais diferente que eu já fiz”, garante. “Quem espera um Sérgio Pererê com tambores, não vai encontrar”, adianta.  Flertando com a música eletrônica e com um formato mais orgânico – que não deixa de lado o violão, a voz e o charango – ele reforça que o novo trabalho traz um conceito bem diferente dos anteriores. “É um disco muito poético. As composições tem um caráter muito humano”, destaca. “Ano retrasado a minha mãe faleceu, então eu dediquei esse tempo para compor coisas dentro desse universo mais interno. O disco tem um pouco dessa força do humano, do diálogo com a vida. Estou muito feliz com o que está surgindo”, diz.  Além do álbum, Pererê garante que 2018 trará outros projetos. “Esse ano ainda tem muita surpresa. Tem livro, documentário, shows fora do Brasil. Vou ter que ir revelando tudo aos poucos, porque de agora até novembro, tem muita coisa vindo”, comemora. Serviço: Abertura do Festival Imune com Sergio Pererê, hoje, às 20h no Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro). R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia)

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