Sérgio Pererê apresenta novo CD em Ouro Preto e BH

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
12/08/2016 às 18:53.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:20
 (Elias Gibran / Divulgação)

(Elias Gibran / Divulgação)

O músico mineiro Sérgio Pererê, de 40 anos, se diz em um momento reflexivo. Impactado pela perda de um “grande irmão”, como se refere ao cantor Vander Lee, que faleceu no último dia 5. No balanço feito até aqui o saldo é positivo: apesar das dificuldades da carreira, Pererê diz que tudo até agora valeu a pena. 

“No discurso de seu aniversário (3 de março) de 50 anos, Vander Lee disse que gostaria de levar algo de bom e deixar as pessoas um pouco mais felizes (por meio da música). Trago isso para mim também, e, enquanto estiver aqui, quero estar nesta descoberta de dialogar”, pondera.

Dialogar. O verbo sintetiza o mais recente CD do músico. Intitulado de “Viamão” –nome do povoado na região do Rio Manso (MG) onde a maior parte das músicas foi gravada –, o álbum promove um feliz entrosamento entre a a cultura africana e a mineira. Há elementos do Congado e também instrumentos como a charango (pequeno instrumento de cordas parecido com o alaúde. Pra conferir a mistura é fácil. Download e streaming gratuitos do disco estão no portal Natura Musical.

Assinado por Pererê e o grupo portenho No Chilla, o trabalho poderá ser conferido hoje em Ouro Preto, às 20h, no Teatro Municipal Casa da Ópera, com participação especial de Silvia Gommes. Depois vêm apresentações no Rio de Janeiro (16) e em São Paulo, mas, nesse intervalo, na sexta-feira que vem (19), será a vez de Belo Horizonte. Show às 21h no Teatro Bradesco – com direito à apresentação também da cantora mineira Zaika dos Santos. 

Autoral
As 12 faixas do CD são de autoria de Pererê e tocadas com tambores africanos pelo grupo argentino. “Por incrível que pareça, este é o trabalho mais africano que já fiz, embora tenha lançado, ano passado, o ‘Famalé’ (também embasado na cultura afro)”. 

Para o novo disco, alguns dos integrantes (do No Chilla) foram para lugares da África pesquisar e trouxeram de lá instrumentos de raiz”, explica Pererê, que, apesar das influências afro-brasileira, do blues e do rock progressivo, é, essencialmente, um compositor de MPB.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por