Samba: agenda traz opções para quem não é ruim da cabeça nem doente do pé

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
17/02/2017 às 10:53.
Atualizado em 15/11/2021 às 23:02

O fim de semana será com roda de samba comandada por dois fluminenses mestres no assunto. O primeiro é Moacyr Luz, que se apresenta hoje, no Music Hall, acompanhado pelo Samba do Trabalhador. O show de Moa, como é conhecido, acontece no âmbito do projeto “O Samba Bate Outra Vez”, que conta, ainda, com os mineiros do grupo Tradição, o sambista Pirulito da Vila e DJ Renatito, a partir das 22h. 

Moa chega com novidades pinçadas do CD/DVD “Samba do Trabalhador – Ao Vivo no Bar Pirajá”. O trabalho será lançado pela Universal Music “a qualquer momento”, como diz o artista, mas o público mineiro já sentirá um “gostinho” durante o show.

O álbum incluirá canções de autoria de Moacyr Luz nunca gravadas por ele, como “Meu Canto É Pra Valer”, cantada por Moyses Marques, e “Mandingueiro”, por Aldir Blanc. 

“Dois sambas que fiz com Jorge Aragão – primeira parceria nossa – também vão estar no disco”, adianta o artista. 

Para o show, Moa pretende cantar ainda “Toda Hora”, parceria com Toninho Geraes e sucesso na voz de Zeca Pagodinho.

Tantas alianças feitas graças, especialmente, ao Samba do Trabalhador – roda de samba que se sagrou no Rio de Janeiro. A iniciativa nasceu em 2005, às 14h de uma segunda-feira de maio. “As pessoas falam que é uma vagabundagem cantar samba na segunda-feira. Mas a gente trabalha muito no fim de semana, então segunda é o nosso dia de descansar”, rebate. N/A / N/A“O Samba Bate Outra Vez” – Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador (foto) e grupo Tradição são os convidados do projeto, esta noite no Music Hall

Alfredo Del-Penho

Quem também gosta de uma roda de samba é Alfredo Del-Penho. Tanto que resolveu trazer elementos da manifestação cultural para o seu novo disco “Samba Sujo”.

“Quando a gente vai gravar uma música, é dito coisas como ‘o som do surdo soprou’ ou ‘o arrastar do dedo do violão fez um ruído’. Na roda de samba, tem o ruído, o suor das pessoas, que é essa ‘sujeira’. Queria que o disco tivesse essa pulsação, expressividade sem o foco na limpeza”, explica. 

Vencedor do 27º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantor de samba, o músico se apresenta no Museu de Arte da Pampulha, pelo projeto “Domingo no Museu”, a partir das 11h. 

O disco traz 15 músicas, sendo cinco autorais e dez de outros compositores, como “Garota Porongondon” (Baden Powell/Vinicius de Moraes), “Moeda” (Romildo e Toninho) e “Além do Espelho” (João Nogueira/Paulo César Pinheiro). Com Paulo César Pinheiro, Del-Penho tem uma parceria que não está no álbum, mas estreará nesse show. “Fizemos juntos ‘Relance’. Vou fazer a primeira audição dela em BH”, frisa. 

Além da carreira musical, Del-Penho tem se destacado na dramaturgia. Ganhou o último Prêmio Cesgranrio de Teatro como melhor diretor e, agora, se prepara para uma peça que fará sobre Ariano Suassuna, prevista para junho.

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