Sesc Palladium comemora cinco anos com programação extensa e variada

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
01/08/2016 às 18:34.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:06
 (Woofler Fotografia / Divulgação )

(Woofler Fotografia / Divulgação )

Um dos maiores aparelhos culturais de BH na atualidade, o Sesc Palladium celebra, neste mês, cinco anos de atividades. Para a data, uma agenda extensa e variada foi montada, incluindo, por exemplo, o encontro de Marcelo Jeneci e Tulipa Ruiz dia 17, no show “Dia a Dia, Lado a Lado”, e o show inédito “Palavras de Amor – Paula Santoro interpreta canções de Angela Ro Ro e Maysa”, com participação de Mônica Salmaso e da homenageada Angela Ro Ro, dia 25, ambos no Grande Teatro. Também há atrações teatrais, infantis, de dança, de literatura e de artes visuais.

Quem abre as comemorações, na noite desta terça-feira (2), é o pernambucano Antônio Nóbrega, com “Um Recital Para Ariano Suassuna”. Nóbrega conta que a ideia de montar a série musical surgiu logo depois do falecimento de Suassuna (1927- 2014). “Ariano faria uma aula-espetáculo no Theatro Municipal de São Paulo (em janeiro de 2015). Então, me chamaram para ir no lugar (do escritor). Mas, naturalmente, não poderia substituí-lo. O que poderia fazer é uma homenagem por conta da nossa muita convivência”. 

Os dois se conheceram em 1970. Em 1971, Suassuna chamou Nóbrega para integrar o Quinteto Armorial, grupo de música de câmara brasileira de raízes populares. “Ariano fez parte de dois terços da minha vida. Ele representa aquela figura de mestre para mim. Passei a acessar um mundo cultural até então desconhecido e isso foi decisivo na minha atividade criativa. Todo o meu fazer artístico e minhas referências passaram a ser outras”, afirma.

Nesta noite, Nóbrega vai levar ao público parte dessa influência de Suassuna por meio de canções instrumentais, que permearam a relação dos dois ao longo desse tempo. “São poemas de Ariano e músicas que fizemos em parcerias, como ‘O Marco do Meia-Dia’. Também terá um momento festivo com canções minhas que, embora não tenha relação direta com a obra de Ariano, de certa forma, é um louvor a este autor paraibano”, destaca.

Guinga
Já nesta quarta-feira (3), é a vez do violonista e compositor carioca Guinga. O músico celebrará cinco décadas de carreira no show “Guinga 50 anos”, com Leila Pinheiro e Thiago Amud como convidados.

A trajetória de Guinga começou em 1967, quando participou do Festival Internacional da Canção, no Maracanãzinho. “Foi o mesmo festival que revelou Milton Nascimento. Eu tinha 16 anos. Foi ali que me vi como artista e nasceu o anseio de ser um compositor brasileiro”, recorda.

De lá para cá, Guinga teve várias músicas gravadas por artistas consagrados como Elis Regina, Chico Buarque, Clara Nunes e Lenine. Tamanho é o prestígio do músico entre a classe artística, que, certa vez, Caetano Veloso teria dito que percebia uma influência do trabalho dele em álbuns de Chico Buarque. “Se Caetano disse, o respeito como um gênio e homem culto que é. Mas eu que sou influenciado por Caetano, Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, João Bosco, Djavan, Edu Lobo, Caymmi e por artistas jovens de hoje”, diz Guinga, com modéstia.

No roteiro de amanhã, o artista faz um verdadeiro passeio por sua obra, ao trazer músicas como “Senhorinha”, “Catavento e Girassol”, “Bolero de Satã” e “Contenda”. Divulgação Guinga – Antes de subir ao palco para celebrar seus 50 anos de carreira, o músico dará um workshop amanhã sobre o processo criativo de composição musical (inscrições esgotadas)

Serviço:

“Um Recital Para Ariano Suassuna”, hoje, às 21h. De R$ 10 a R$ 40. “Guinga 50 anos”, amanhã, às 20h. De R$ 15 a R$ 50. Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1046).  para conferir a programação completa

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