Site mostra casas, que com muita personalidade, ganham em beleza e em aconchego

Hoje em Dia*
22/12/2014 às 08:26.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:27
 (Rodrigo Ladeira/ Divulgação )

(Rodrigo Ladeira/ Divulgação )

Pagando muito ou pouco, a ideia básica da decoração é que ela reflita a personalidade do dono da casa. Há quem prefira paredes brancas para um ambiente mais clean e também quem sinta mais aconchego em um imóvel pintado inteiramente de azul. Foi pensando em várias referências para sua própria inspiração que o videomaker mineiro Rodrigo Ladeira criou o “Casa Aberta”, site que mostra que, com uma pá de boas ideias na cabeça, é possível transformar casas e apês em lugares personalíssimos, modernos, charmosos e hypes.   Sempre com um texto apresentando o morador, e também uma trilha sonora escolhida a dedo para acompanhar o tour virtual, é possível ler sobre o afeto do dono por sua coleção de vinis, o desafio de ter uma bateria no meio da sala do apartamento, a história do livro surrado predileto ou curiosidades sobre o quadro pintado por um amigo e agora orgulhosamente pendurado no quarto. “Sempre foi meu objetivo traçar um perfil do morador e, assim, ser possível identificar sua personalidade na casa em que vive. Escrevo sobre o labrador preto que pulou em mim, o gato que não me deu bola ou as cervejinhas que tomamos”, diz Rodrigo, que passado mais de um ano do início do projeto, já visitou cerca de 90 casas.    A ideia inicial surgiu quando o próprio Rodrigo conseguiu um cantinho com maior privacidade na casa de sua mãe. “Com quatro paredes para decorar, não faltavam opiniões. Passava o dia procurando referências que fossem baratas e possíveis, mas também bonitas e bacanas”, conta o moço.   No charmoso ‘Cafofo Gourmet’ é onde tudo acontece   Uma das visitas de Rodrigo foi à casa de Felipe Xavier, guitarrista da banda mineira Radiolaria, que em um ambiente diferente – mas ainda sob o mesmo teto – aproveitou sua formação de arquiteto e dividiu “ao meio” – digamos assim – o apartamento da mãe, no bairro Funcionários. “Tendo em vista a quantidade de ensaios e encontros musicais, só seria possível morar com minha mãe (sem incomodá-la) aproveitando o espaço que estava pouco utilizado na cobertura”, explica o músico.   Na decoração, não faltaram os cantos ocupados pelos instrumentos, que, claro, têm como função principal a prática musical – mas, vamos combinar, também adornam e dão um charme todo especial.   “Como sou uma pessoa que ama cozinhar, o centro do projeto logicamente é a cozinha, a partir da qual todos os outros espaços se conectam, formando o meu loft (quarto/cozinha/banheiro/varanda) que, carinhosamente, denomino ‘cafofo gourmet’. É lá onde tudo acontece: os ensaios, as comidinhas, as bebedeiras, as conversas, os acordes, as letras...”.   Outro charme presente no “cafofo” de Felipe é a sua hortinha, onde, mesmo longe da terra, ele cultiva suas ervas prediletas, como alecrim, tomilho, sálvia e hortelã – que mais tarde vão dar um je ne sais quoi a pratos servidos aos amigos. “Assim, sempre posso preparar alimentos frescos e saudáveis. Sem falar no agradável buquê de aromas que conferem ao espaço”, comenta.   Estilo retrô   Já no bairro Santo Antônio, a designer Mariana Guglielmelli mantém seu apartamento (dividido com três gatos) sob um clima bem retrô, coletando objetos de suas visitas a antiquários, sebos e brechós.    “Acho que esse estilo (retrô) deixa a casa com uma cara mais personalizada, pois os objetos antigos acabam sendo únicos. Detesto casa ‘com cara de loja’. Além disso, tem a questão do apego. Tenho algumas coisinhas guardadas desde a infância, como Atari, Pense Bem e Genius, que viraram objetos de decoração”, conta Mariana, que revela também um carinho todo especial com os objetos que foram de seus avós, com as fotos antigas de família e as lembranças de viagens.   (*) Colaborou Danilo Viegas/Especial para o Hoje em Dia

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