Skank celebra 20 anos de 'Samba Poconé' com show e disco triplo

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
20/10/2016 às 16:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:18
 (Divulgação)

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Após vender mais de um milhão de cópias com o álbum “Calango”, o Skank viveu em 1996 uma grande pressão de mercado: conseguiria a banda mineira repetir o sucesso? Pois o grupo provou que podia ir além e fomentar verdadeira “skankmania” em todo o país. Tendo o megahit “Garota Nacional” como carro-chefe, o álbum “Samba Poconé” foi muito bem recebido por público e crítica, rendendo uma venda de 2 milhões de cópias.

Para lembrar dos 20 anos desse grande sucesso fonográfico, a banda mineira está realizando uma miniturnê comemorativa. As principais capitais do país estão recebendo a apresentação que conta com bloco especial de oito músicas do disco memorável, como “Garota Nacional”, “É uma Partida de Futebol”, “Eu Disse a Ela” e “Tão Seu”. Em Belo Horizonte, a apresentação será sábado, no BH Hall.

Tem ainda o lançamento de um disco duplo, com o original “Samba Poconé”, um CD com gravações antigas guardadas pelo baterista Haroldo Ferretti e outro com remixes guardados pelo produtor Dudu Marote. Um produto especial para superfãs, assim como havia sido o disco “Skank 91” (2012).

De acordo com o vocalista Samuel Rosa, a comemoração é importante porque “Samba Poconé” representa o momento em que o Skank ganhou o mundo. Foi o momento em que “Garota Nacional” era tocada em vários países da Europa e América, numa época em que a internet praticamente não existia. 

“Foi uma música muito tocada nas rádios e na noite. Foi o single mais vendido em vários países da Europa. Foi uma coisa avassaladora”, conta.
Foi muito bom vivenciar esse boom, mas o quarteto teve de ter cautela para não vivenciar um esgotamento físico por causa da grande demanda por shows e entrevistas da mídia. “Estávamos na casa dos 20 anos, não tínhamos família ainda, era mais fácil viajar. Em uma das viagens para a Europa, ficamos 40 dias. Mas tivemos cuidado em não deixar o esgotamento nos pegar”, lembra Samuel. 

“Era um disco que falava sobre muitos assuntos, como sem terra, racismo, a solidão dos exilados. Foi muito elogiado porque falava de um Brasil precário, mas que já brincava com essa entrada da internet em nossas vidas”, completa.Divulgação / N/A

Haroldo Ferretti, Samuel Rosa, Henrique Portugal e Lelo Zaneti, há 20 anos 

Começar de novo

Segundo Haroldo, o maior medo da banda era que o trabalho deixasse de ser prazeroso para ser algo automático. “Em vez de atender a todos os pedidos de shows, investimos na carreira internacional. Houve um prazer em começar de novo, pois chegávamos em lugares pequenos e tínhamos de dizer: ‘boa noite, somos o Skank e queremos mostrar as outras músicas que temos além de ‘Garota Nacional”, conta o baterista, completando que foram 14 países visitados em 1996 e 1997. “Só quando viajamos é que pudemos ter verdadeira noção do sucesso daquela música”. 

Skank no BH Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230), sábado, às 22h30. Ingressos a partir de R$ 40. Show de abertura: Daparte

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