Sol Bueno lança ‘Poeira Dançante’

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
29/05/2017 às 17:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:46

Um passeio pelos cantos tradicionais e paisagens sonoras do Cerrado mineiro. Assim pode ser definido “Poeira Dançante”, disco de estreia da cantora e compositora mineira Sol Bueno, que será apresentado hoje, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil. O álbum traz 13 faixas autorais que perpassam os universos sociais, ambientais e musicais sobre os quais a arte de Sol se debruça.

Natural de Pitangui, a artista afirma que o trabalho, focado na música brasileira, é fruto de seus sentimentos de vivência e encontro. “No disco, eu compartilho um pouco da minha visão de mundo, principalmente no que tange as vivências com o povo e a cultura popular. É um trabalho que tece paisagens sonoras do Cerrado e da Bacia do São Francisco, onde nasci e vivo”, explica.

Cultura popular
No álbum, Sol se inspira nas manifestações da cultura popular, bebendo da fonte da folia de reis, do congado e da moda de viola. “Não é um CD de cantos tradicionais. Mas, se você ouvir, lá estão todos eles. As folias, o congado, o serra abaixo, as modas de viola, os batuques, o som da aldeia Krahô que resiste no Cerrado”, elenca.

“Também se encontram os sons das paisagens. Água, grilos, passarinhos, sinos da comunidade. Estão todos lá e falam de um lugar de verdade, de um sentimento real, de uma memória viva”, completa.
 

Vários Convidados
Acompanhada de Gladson Braga (percussão), Letícia Leal (violas), Ricardo Rodrigues (violões) e Rodrigo Salvador (rabecas), a cantora ainda contará com as participações especiais de Sérgio Pererê, Meninas de Sinhá, Tambores de Luta, Erick Castanho, Marcelo Taynara, Ana F. e Lud Benquerer.

“O show será muito poético e sensorial. As pessoas serão convidadas a imagens poéticas, a cheiros como das ervas e seus chás”, pontua, ressaltando que a luz é assinada por Matheus Dias, o som por Flora Guerra e o cenário por Alexandre Bianchini.

Para além da experiência musical, Sol lembra que o show é um convite à reflexão sobre o degradação exploratória do Cerrado. “Há uma evidente necessidade de proteção do Cerrado, exposta em letras como as de ‘Ó Deus Salve Meu Cerrado’, uma crítica sobre como a sobrevivência dos povos tem ligação íntima com a terra onde vivem”, defende. “Nasci, cresci e cresço no Cerrado. Esse interior vive em mim e, em todo lugar, ele canta também em mim”.

Serviço: Sol Bueno apresenta “Poeira Dançante”. Hoje, às 20h, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil (av. Amazonas, 315). Ingresso: R$ 30 e R$ 1

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