Stallone retorna à pele de Rocky Balboa, personagem que segue inspirando fãs

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
14/01/2016 às 07:37.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:01
 (MGM)

(MGM)

“Seria difícil arrumar galinha para todo mundo aqui”, diverte-se o treinador e ex-lutador de boxe Luiz Carlos de Moura, imaginando várias aves barulhentas e soltas em sua academia, localizada no bairro São Pedro. O atleta refere-se, claro, à famosa sequência em que o personagem Rocky Balboa treina correndo atrás de galinhas, presente no primeiro filme da franquia protagonizada por Sylvester Stallone, lançado há exatamente 40 anos.

Pois bem, a cena retorna em “Creed: Nascido para Lutar”, uma das estreias desta quinta-feira (14) nos cinemas. Sim, apesar do título “diferente” – sem o nome “Rocky” – trata-se de mais um capítulo focando o mais famoso boxer das telonas.

E assim como Rocky no novo filme – o personagem se dedica a treinar o filho do ex-rival, Apollo – Luiz também já abandonou os ringues e hoje, aos 48 anos, repassa aos mais novos o que aprendeu em três décadas. Ele não tem dúvidas de que o personagem é uma inspiração para quem quer viver de dar e receber socos. “Basta estrear um filme do Rocky para os alunos chegarem aqui treinando adoidado”, jura.
 
Lutador mineiro de MMA, Paulo Henrique Costa, o Borrachinha, sempre tira lições dos filmes. “Stallone consegue passar a dificuldade de todo lutador que quer chegar ao patamar do reconhecimento e da fama, algo que muitas vezes envolvem fatores extra-ringue”, registra.
 

 

PAULO HENRIQUE COSTA - O "Borrachinha", 24 anos, categoria dos médios, seis lutas, seis vitórias. Crédito: Carlos Henrique/Hoje em Dia

 

Lutadores fazem ressalvas e elogios ao novo filme

Além do personagem de fácil identificação, a veracidade das cenas de luta da saga “Rocky Balboa” também é elogiada pela dupla de lutadores mineiros ouvidos pelo Hoje em Dia. “Stallone já foi boxeador, o que torna a coreografia muito bem feita”, analisa Luiz Carlos de Moura.

Em relação ao novo filme, Borrachinha vê com bons olhos o fato de o pupilo da vez ser um lutador negro. “É um reconhecimento a uma raça que está no topo dos esportes de luta, de Mohammed Ali a Anderson Silva”, destaca.

Outro ponto positivo enaltecido por Borrachinha é a humildade, necessária para não deixar a fama subir à cabeça. Como mostra “Creed”, a experiência não é garantia de vitória. “Cartel não significa nada. É apenas um número”, avisa ele, exemplo de que a quantidade de combates pode enganar nesse esporte.

“Só tenho seis lutas como profissional. Venci todas por nocaute e no primeiro round. Na quarta, meu oponente já tinha mais de 20 lutas”, lembra Borrachinha, que volta ao octágono no próximo mês.
 

 

LUIZ CARLOS DE MOURA - Treinador, 48 anos, categoria dos leves, 16 lutas, 13 vitórias, um empate e duas derrotas. Wesley Rodrigues/Hoje em Dia


Espírito de campeão
 
“Desta vez serei o desafiante, disputando o título na categoria dos médios (no torneio Jungle Fight). Espero incorporar o espírito de luta de Rocky”, anseia. Paranaense residente em BH, Luiz deixou o ringue há cinco anos. Parou porque o condicionamento físico já não é mais o mesmo depois de certa idade.

“O sexto filme é irreal porque um Rocky já velho jamais ganharia de um jovem”, assinala Luiz, que também faz um senão ao quarto episódio. “A história é boa, mas o adversário russo tem técnica ruim. Parece lutador de karatê”.

 
Veja o trailer de "Creed":
 

 


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