Taylor Swift mais pop que nunca

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
24/11/2017 às 13:35.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:52
 (Divulgação)

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“Minha reputação nunca esteve pior”, canta Taylor Swift em “Delicate”, quinta faixa de “Reputation”, seu recém-lançado sexto álbum. Não dá para não concordar, já que depois de anos sendo a “girl next door, Swift se viu questionada em vários âmbitos – desde seus relacionamentos até seu posicionamento considerado apolítico.

Com “Reputation”, a cantora norte-americana parece fazer um esforço para se afastar do seu passado. Prova disso é quando entoa em “Look What You Made Me Do”, primeiro single do disco, que “a antiga Taylor está morta”. No clipe, a “nova Taylor” zomba de suas versões anteriores e surge no topo, enquanto as outras lutam para alcançá-la.

A distância do passado, porém, não fica representada apenas metaforicamente no clipe e canção. Para a nova era, Swift se afastou dos holofotes. Raríssimos são os registros de paparazzi e até mesmo notícias sobre sua vida pessoal, que antes era explorada em exaustão por sites de fofoca mundo afora.

Às vésperas de anunciar o novo trabalho, seu passado sofreu outro golpe: os registros e fotos das redes sociais apagados e, depois, substituídos pelo enigmático vídeo de uma cobra – símbolo usado exaustivamente para atacá-la nas redes sociais.

Mas as novidades não ficaram por conta apenas da divulgação e do quieto período que precedeu o lançamento do disco. “Reputation” tem diferenças notáveis se comparado aos antigos trabalhos de Swift. No disco, a cantora norte-americana abraça ainda mais o pop – o que já havia acontecido em “1989”, álbum com o qual conquistou o Grammy de disco do ano, em 2016.

Recheado de batidas eletrônicas, sintetizadores e canções que misturam sussurros, versos falados e cantados, o disco fica bem distante dos primeiros trabalhos da cantora, como “Speak Now”, de 2010, e até mesmo “Red” de 2012, que já flertava um pouco com o pop.

Assim, aos 27 anos, a norte-americana se reapresenta e se reinventa distante da imagem de inocente boa moça, que acompanhou durante os seus tempos de música country. Sim, Swift continua cantando sobre o amor e sobre seus inimigos, mas agora ela assume uma postura mais ativa e madura – o que inclui canções sensuais sobre seus desejos, seus amores proibidos e álcool, que dá as caras em quase todas as canções.

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