Teatro mineiro perde o ator e diretor Elvécio Guimarães

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
31/07/2016 às 15:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:05
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

Pioneiro do teatro em Belo Horizonte, o ator Elvécio Guimarães faleceu na madrugada de sábado para domingo, aos 82 anos, em decorrência de enfisema pulmonar.

Com um currículo de mais de 100 peças de teatro, como ator e diretor, Elvécio foi secretário de Estado da Cultura, em 1990,cargo em que permaneceu por um ano.

Nascido em Belo Horizonte, Elvécio inicou sua carreira em 1949, na rádio Inconfidência, como ator de radioteatro, tornado-se pouco tempo depois galã da emissora.

Ele também passou pela extinta TV Itacolomi e foi determinante na criação da escola de teatro do Cefar - Centro de Formação Artística, no Palácio das Artes.

Entre 1952 e 1955, Elvécio residiu no Rio de Janeiro, trabalhando na rádio Mayrink Veiga, na TV Tupi e na Rede Globo, onde também foi locutor.

Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral, em 2005, ele se afastou um pouco dos palcos. No cinema, ele fez o Padre Neves de "Vida de Menina" (2003), de Helena Solberg.

Em entrevista ao Hoje em Dia, sobre os dez anos de lançamento do filme, Elvécio destacou que "não gosta muito de cinema porque, como todo mundo sabe, é uma arte do diretor".

Mas em "Vida de Menina" destacou que "fez as pazes com o cinema", elogiando a diretora, que "sempre estava disposta a converar e a aceitar as nossas sugestões".

Uma de suas entrevistas para o Hoje em Dia foi em janeiro de 2015, quando puxou da memórias as suas idas ao Cine Glória, na década de 40, para ver faroestes.

"O cinema educava a gente. Desde como se portar até mostrar grandes obras da literatura. Conhecíamos Shakespeare através do cinema", afirmou.

O corpo do ator está sendo velado no Cemitério do Bonfim, onde será enterrado, às 16h deste domingo.

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