In progress: nova peça do Brecha acolhe sugestões

Miguel Anunciação - Hoje em Dia
27/07/2012 às 08:55.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:53
 (Coletivo Brecha/ Divulgação)

(Coletivo Brecha/ Divulgação)

Natural de Bom Despacho, Raquel Alvarenga viveu dez anos em Belo Horizonte, onde estudou Publicidade na Uni-BH e teatro no Cefar. Mas, ao avaliar melhor “a energia criativa” que os dois ofícios lhe exigiam, “teve a coragem” de abandonar o primeiro, mudar-se para o Rio e iniciar “um novo ciclo” de vida em 2009.

O novo ciclo reconduz a atriz à cidade: de sexta-feira (27) a domingo (29), ela se junta a outros três membros do Coletivo Brecha para mostrar “Anticorpos”, no Galpão Cine Horto.

Graças à lei federal Rouanet, a montagem do Brecha chega a BH, derradeira praça de um giro que já passou por Belém, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. Assumidamente em construção, “Anticorpos” recolhe subsídios com quem se dispõe a assisti-lo, logo após cada sessão que realiza.

Mas não seria um trabalho em condição precária: teria “um mínimo de acabamento”, diz Raquel, até em respeito ao público. Aliás, bastante pródigo em enxergar virtudes e sugerir alterações. Curiosamente, algumas das plateias visitadas se voltaram mais aos aspectos técnicos (em Belém, alguém alertou que haveria demasiada informação na cena, cujo texto era longo e conflitava com a trilha sonora e as projeções simultâneas) e outras mais às questões de conteúdo, às reflexões que a peça propõe.

Todas as opiniões seriam recebidas de bom grado e tornariam “bem mais rico” o processo de criação da peça, prevista para estrear só no final do ano. Com menos tempo para ensaiar durante as viagens, até aqui o Brecha só teria absorvido propostas de mudanças mais simples, mas permaneceria digerindo as mais complexas. Sem esse feed-back, a criação “seria outra coisa”.

Criado em 2008pelo dramaturgo e diretor Patrick Sampaio, antes de “Anticorpos” o Brecha realizou mais duas montagens: “Os Inocentes ” e “OqueVocêGostariaQueFicasse.

É adepto da técnica de view point, de estudos teóricos, experimenta o flash mob como elemento de intervenção e transita com desenvoltura pela babel de informações do mundo atual. Basicamente, é disso o que trata neste work in progress.

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