Trio Amaranto revisita o universo infantil no Teatro Izabela Hendrix

Jaqueline da Mata - Do Hoje em Dia
18/07/2012 às 10:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:39
 (Antônio Linhares/Divulgação)

(Antônio Linhares/Divulgação)

O espetáculo "A Menina dos Olhos Virados", do grupo Amaranto, que estreia nesta quarta-feira (18) em Belo Horizonte, dentro do projeto Diversão em Cena, traz de volta aos palcos a empatia das irmãs Flávia, Lúcia e Marina Ferraz pelo público infantil.

Pode-se dizer que este espetáculo é um marco do Amaranto, que completa 14 anos, pois pela primeira vez as três cantoras se encarregaram de compor juntas o repertório da peça. Ela conta a história de Aroma, uma menina que vê o mundo de forma curiosa, diferente. Inédito é ainda o peso cênico do espetáculo, com interferências de desenhos animados interagindo com os atores.

"Preparar este espetáculo foi um dos maiores prazeres do Amaranto nos últimos tempos. E a resposta do público em Juiz de Fora, na semana passada, foi bastante positiva. Até mesmo crianças menores de dois anos curtiram as melodias", revela Flávia.

Desde o lançamento, em 2006, do primeiro trabalho do grupo dedicado às crianças – o elogiado álbum "Três Pontes" –, o sonho de dar continuidade à conversa com o público mirim foi acalentado e concretizado agora com "A Menina dos Olhos Virados", que ofereceu espaço para a experimentação artística. "Muito pela formação de Marina no teatro", destaca Flávia.

Foi Marina quem deu início à criação da peça quando escreveu a história já há algum tempo. A adaptação do texto gerou um roteiro que serviu de base para a criação de dez novas canções. A partir disso, o roteiro foi testado e, com a consultoria cênica de Danielle Braga, parceira de Marina no grupo teatral Dama, o espetáculo foi construído.

A história se desenrola a partir das aventuras de Aroma ao confrontar seu modo de enxergar com o jeito dos outros. A peça fala da diferença e da aceitação de uma maneira leve e curiosa. A linguagem, bastante enriquecedora, foi pesquisada pelo grupo de maneira a levar a mensagem para o público infantil. "Tratamos por exemplo, nas entrelinhas, do bullying", comenta Flávia.

Para ilustrar as canções e comentar a história, desenhos de animação criados pelo artista gráfico Antônio Linhares são exibidos num telão. "Os desenhos conversam conosco", conta.

O espetáculo faz referência ao show "Caixa de Música", um dos trabalhos de maior sucesso do Amaranto.
Segundo Marcelo Santos, gerente de arte e cultura da Fundação Arcelor Mittal (patrocinadora do projeto), os espetáculos do projeto Diversão em Cena são selecionados sempre pensando na formação, muito mais do que no entretenimento. "São mais de 80 peças infantis, todos os finais de semanas, até novembro", destaca Santos.

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