‘Terremoto’ traz incríveis cenas de destruição

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
28/05/2015 às 08:31.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:15
 (Divulgação)

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A grande novidade de “Terremoto – A Falha de San Andreas”, principal estreia dessa quinta-feira (28) nos cinemas, em relação a outros filmes-catástrofe, é não ter um protagonista preocupado em salvar toda a sociedade em risco.

Essa preocupação pluralista levou os roteiristas a criarem um expediente que acompanhou o gênero por décadas, a partir da multiplicidade de personagens, representativos das mais variadas origens e profissões.

Apesar de ter um coadjuvante fiel à fórmula, um sismólogo que segue a sina dos cientistas que advertem dos perigos e não são ouvidos, a trama de “Terremoto” é centrada num piloto de resgate que põe a família em primeiro lugar.

Núcleo familiar

É como se tivessem acrescido elementos da filmografia de Steven Spielberg, cujos trabalhos são focados no núcleo familiar, com os problemas exteriores ajudando no fortalecimento dos valores aprendidos em casa.

Foi assim, por exemplo, na refilmagem de “Guerra dos Mundos” (2005), em que o mais importante era a relação entre pai e filha, mesmo com o mundo “acabando” ao redor deles.

A premissa de “Terremoto” é semelhante, embora executada de forma a valorizar o papel masculino dentro da família, com a história mostrando Dwayne Johnson chateado pelo divórcio e por ficar longe da filha.

Efeito dominó

Os acontecimento seguintes conduzem à retomada da família como era antes, às custas, porém, de uma desnecessária transformação do futuro marido/padrasto em vilão, mais interessado em seus “filhos” (edificações).

O abalo nas estruturas das cidades de Los Angeles e San Francisco, com vários arranha-céus indo ao chão, é uma metáfora nada singela dessa moral em favor da família tradicional, endossada constantemente nos diálogos.

A certa altura, o piloto explica, diante do olhar de culpa e amor da ex (Carla Gugino) que a segurança está na busca do que é mais sólido. Lá para o final, ele sintetiza esse pensamento dizendo que “agora é hora de reconstruir”.

A despeito dos exageros (como os Bombeiros não acionam o piloto, que zanza com um helicóptero de resgate a seu bel prazer?), é um alívio não ver um militar ou governante fazendo discursos patrióticos.

E as cenas de destruição são incríveis, com a ampla utilização de efeitos digitais, que justificam, para quem gosta do gênero, a necessidade de botar os Estados Unidos em pedaços mais uma vez.
 

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