Um encontro para tirar dúvidas de artistas sobre a música digital

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
26/09/2016 às 17:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:59
 (Mariana Quintão/divulgação)

(Mariana Quintão/divulgação)

Com o crescimento do consumo de música via streaming, novos caminhos vão se abrindo no universo dos direitos autorais. Por isso, a União Brasileira de Compositores (UBC) realiza nesta terça, n’A Autêntica, o evento “Novos Meios, Novos Rumos”, um encontro com músicos e profissionais da cadeia da música sobre as mudanças na área.

Esse é um encontro itinerante e já passou por Salvador, São Paulo, Espírito Santo, Niterói e Mato Grosso do Sul. Estarão presentes alguns diretores da UBC, como Sandra de Sá, Geraldo Vianna e Ronaldo Bastos.

“Vamos falar de tudo que está relacionado à música digital na atualidade, como o streaming, a renda da música na internet e um foco principal sobre o trabalho que está funcionando nas redes sociais”, afirma o músico Geraldo Vianna. 

Negócio lucrativo

As perspectivas são muito boas para os compositores, segundo ele. Após alguns anos de adaptação por conta da popularização da internet (e, consequentemente, do compartilhamento de músicas sem pagamentos de direitos), o consumo via <CF36>streaming</CF> (Youtube, Spotify, Deezer e outros) traz novos horizontes para os criadores das músicas. 

Segundo ele, está acontecendo um movimento mundial de compositores para pressionar para que o sistema de arrecadação e distribuição seja bom para todos. “Hoje o que se paga é muito pouco, mas conselhos e alianças em todos os continentes estão trabalhando para buscar pagamentos mais justos”. 

Isso não significa que o custo para o consumidor ficará mais caro. A briga é com as gigantes, como a Google (dona do Youtube), por exemplo. “A duras penas, chegamos à conclusão que há muitas empresas ganhando dinheiro com a nossa música. É um negócio que dá muito dinheiro, é uma realidade mundial. Somos criadores de conteúdo para eles. Se eu disponibilizar uma música em uma plataforma e não acompanhar o ganho sobre ela, é como se estivesse trabalhando de graça para empresas que vendem anúncios e tem toda uma articulação para criar renda”, diz Vianna.

Vale lembrar que hoje é mais simples realizar a arrecadação e distribuição relativa a direitos autorais, pois todo o consumo é digital – sabemos exatamente quantas vezes uma música foi ouvida. 

Serviço: Encontro da UBC n’ A Autentica (rua Alagoas, 1172, Savassi), terça, às 20h. A presença precisa ser confirmada por (31) 3226-9315 ou por ubcmg@ubc.org.br  

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