Uma viagem nos tempos do pop com a Maglore

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
22/05/2018 às 16:48.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:12
 (DUANE CARVALHO/DIVULGAÇÃO)

(DUANE CARVALHO/DIVULGAÇÃO)

Anos 60 e 70 e, agora, os 80. A cada novo disco, a banda de pop-rock baiana Maglore aumenta uma década em suas influências musicais. Lançado em setembro do ano passado, “Todas as Bandeiras”, base do repertório que será apresentado neste sábado, na A Autêntica, “entrou quase sem querer” pelas sonoridades oitentistas. “A gente sempre foi bem anos 60 e 70, mas, desta vez, trouxemos esses elementos, como o efeito da guitarra em chorus. Como um The Smiths da Bahia”, diverte-se o vocalista e guitarrista Teago Oliveira, para logo emendar que se trata “de uma piada de músico, o que não significa que (a banda inglesa) não seja uma referência”. A Maglore é um dos grupos mais incensados pela crítica especializada, com todos os seus quatro discos gravados surgindo nas listas de top ten do ano. Apesar da boa receptividade, a inquietação é uma marca registrada do quarteto baiano formado ainda por Felipe Dieder (bateria), Lelo Brandão (guitarra e teclado) e Lucas Oliveira (baixo e voz). “Não gostamos de repetir a fórmula, embora não sei até quando vamos manter essa coisa de juventude, de criar algo novo. Em ‘Todas as Bandeiras’, saímos do formato canção tradicional versus refrão e usamos muita jam, improvisando dentro da própria gravação”, registra Teago, que destaca ainda a mudança nas letras. 

O show será no sábado, às 22h, na casa A Autêntica (Rua Alagoas, 1172). Ingresso entre R$ 20 e R$ 40

 O conturbado momento político afetou os integrantes psicológica e musicalmente, dando um caráter mais lúdico, mas “sem militância”, como frisa o músico. “Falamos mais dessa ansiedade de hoje, diferentemente do CD anterior (Três), mais centrado no indivíduo e na questão existencial do relacionamento”, compara. Perguntado se o próximo passo é incursionar pela música dos nineties, ele observa que o visual daquela década já se faz presente nas ruas de São Paulo, onde mora, desde 2012. “Sampa é uma cidade bem 80 ainda. E quando você mora aqui, acaba pegando, transformando-se num híbrido, com um baiano dizendo ‘mano’ e ‘da hora’”, brinca.

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