Conhecido por transmutar recortes do cotidiano em canções, Vander Lee sela a maioridade de sua carreira musical com o lançamento de seu nono álbum, “9”, que chega às lojas físicas este mês. Seguindo a sonoridade do trabalho anterior (“Loa”, de 2014), o novo disco mescla pitadas de jazz, pop e rock. Bom belo-horizontino que é, o músico incluiu também a toada mineira no projeto.

“Falo de infância, amor, família, relacionamentos e cachorros (risos). É romântico”, indica Lee. Recém-lançado na internet, “9” foi gravado em estúdio e traz as participações especiais de dois nomes do jazz contemporâneo: o contrabaixista americano John Patitucci e o percussionista brasileiro Rogério Boccato. A gravação com os músicos foi feita em Nova York, onde ambos residem.

O CD agrega, ainda, a participação do percussionista Marco Lobo e de músicos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Já a banda é formada por Eneias Xavier (baixista, que assina também a produção e os arranjos), Cristiano Caldas (teclados), Matheus Barbosa (guitarras) e Ramon Braga (bateria).
 
Autoral
 
Vander Lee conta que a proposta inicial era gravar os hits mais conhecidos de sua trajetória, no estilo coletânea. No entanto, acabou compondo algumas músicas. “São quatro canções inéditas, além de outras cinco que eu havia gravado apenas ao vivo e três que outros cantores já haviam registrado, mas eu não”. Todas as faixas são autorais, sendo que a única parceria é “Idos Janeiros”, com Flávio Venturini.
 
EP
 
Antes de lançar o CD cheio, pela Radar Records, Vander Lee disponibilizou um EP com três faixas, em outubro: as inéditas “Nada Por Nada” e “Minha Criança”, além de “Seu Nome”, popularizada na voz de Luiza Possi.

“A ideia foi a de antecipar o clima no EP, criar um bochincho, algum tipo de expectativa, e manter o público e a imprensa inteirados do processo”, reforça ele, que já havia usado essa estratégia anteriormente.

Compartilhar