Apelidos da Odebrecht: PSOL é Galo e PP é Cruzeiro

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
15/04/2017 às 09:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:08
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)


Times de futebol foram escolhidos para substituir o nome de partidos políticos em algumas planilhas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como “departamento da propina”. No jogo da empreiteira, Galo era PSOL e o Cruzeiro era o PP.


Nos documentos entregues por ex-executivos da empresa, aparecem 19 clubes e termos do mundo da bola para designar qual cargo ocupava o político beneficiado com o dinheiro ilícito. Dentre as posições dos jogadores, Presidente da República era centroavante e deputado estadual, zagueiro. O termo goleiro se referia a qualquer um que fosse da base aliada.


Governadores eram meias e senadores, pontas. Já deputado federal ganhou o apelido de volante. O o valor do passe significa quanto foi pago em repasses ilegais.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por exemplo, era chamado de volante do Fluminense, apesar de em outras planilhas ter sido apelidado de Botafogo. A alcunha era uma forma de codificar o pagamento de propina.


Além dos dois maiores clubes de Belo Horizonte, aparecem nas planilhas os quatro grandes de São Paulo, do Rio de Janeiro e a dupla Grêmio e Internacional. Fundada em Salvador, a Construtora Norberto Odebrecht usou somente um time do estado. Vitória foi esquecido e só o Bahia é descrito na lista.


O PT era o Flamengo, o PSDB o Corinthians e o PMDB o Internacional. E mais: Sport (PSB), Vasco (PTB), Palmeiras (PPS), Bahia (PCdoB), Náutico (PSC), Botafogo (PSD), Santos (PRB), Grêmio (PDT), Santa Cruz (PROS), Coritiba (PV) e Remo (Rede).


Uma das tabelas foi entregue por Luiz Eduardo Soares, ex-diretor da empresa que atuava no departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.

  

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