(BMW)
A BMW divulgou na semana passada a versão sedã do Série 1. O hatch, que já deu vida a um cupê e um monovolume, passa a contar com uma derivação de três volumes e quatro portas, que, a princípio, é um projeto dedicado ao mercado chinês. Não é surpresa para ninguém que fabricantes elaboram versões exclusivas para aquele mercado devido ao imenso leque de consumidores. Segundo a BMW e a BMW Brilliance Automotive (BBA), há um imenso potencial abaixo do Série 3, que atualmente é explorado por Audi A3 Sedan e Mercedes-Benz CLA. No entanto, o Série 1 Sedan tem tudo para ganhar cidadania brasileira e ser fabricado na unidade catarinense de Araquari.
Semelhanças
Apesar das nítidas diferenças de volumes, os mercados brasileiro e chinês se equivalem em vários aspectos e por aqui o modelo iria atacar numa faixa entre R$ 110 mil e 130 mil, onde já figuram boa parte dos sedãs médios como os novos Chevrolet Cruze e Honda Civic. A marca garante que o modelo será exclusivo para o mercado chinês. No entanto, basta olhar para a concorrência e perceber que o A3 Sedan se tornou um dos principais produtos da marca por aqui, desbancando o A4.
E como a BMW já tem base instalada localmente e capacidade de produção ociosa – uma vez que, entre janeiro e maio, a marca produziu pouco mais de 6 mil unidades, segundo a Anfavea, embora possa fabricar até 32 mil carros por ano –, não é preciso ser um gênio da física quântica para juntar os pontinhos e saber que o modelo pode chegar por aqui nos próximos anos.
Ao contrário do hatch e do cupê, o novo sedã compartilha conjunto mecânico e base do Mini Cooper, como uso de motor transversal e tração dianteira. A marca não deu detalhes, mas é muito provável que o sedã incorpore o motor três cilindros 1.5 de 136 cv, assim como a unidade 2.0 de 192 cv, que equipam o carrinho inglês.